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Antes de arrumar as malas, pesquise!

Começar a carreira em um novo endereço exige enorme planejamento prévio

por Heloisa Valente

Mudanças de locais de trabalho sempre geram incerteza. Imagine arrumar as malas e mudar de cidade! Por isso, começar a carreira em um novo endereço exige do profissional um planejamento prévio para que o negócio tenha maior chance de ser bem sucedido. Essa é a opinião de Ana Lúcia Coelho, consultora de carreira da Produtive.

Ela explica que é necessário fazer um mapeamento detalhado dos costumes locais, do dia a dia da cidade, das empresas que se encontram na região, do valor do aluguel e de escolas, se for se mudar com a família. “Com todas essas informações é mais fácil avaliar se a proposta de trabalho é boa tanto na parte profissional como pessoal”afirma.

Além disso, a especialista recomenda que se faça um monitoramento nas mídias sociais para conhecer quem são os gerentes de recursos humanos das companhias locais concorrentes, de headhunters e até de empresas de recrutamento e seleção, caso seja necessário o serviço para esposa/esposo na adaptação à nova cidade.

“Também é importante que o profissional tenha definido para si o que quer da sua carreira e onde pretende chegar. Com esse autoconhecimento, o desafio do novo cargo pode ser um grande passo na conquista do seu objetivo”, analisa.

Outro ponto imprescindível é o círculo de amizades do convívio social e corporativo. Exercitar o networking sempre é válido.

Cenários distintos
O início de carreira em uma nova cidade pode ser analisado em três cenários distintos: quando o profissional é transferido; quando aparece uma oportunidade; e quando ele vai atrelado ao trabalho do cônjuge. “Nas três situações, o mapeamento é regra obrigatória. No entanto, em cada uma delas, os itens a serem analisados podem mudar de peso”, afirma a consultora.

O exemplo disso é um profissional solteiro, que está desempregado, e recebe uma proposta fora da sua cidade. “Nesse caso, o mapeamento tende a ser bem mais simples porque ele não precisa levar em conta as questões familiares. O foco é a carreira e a remuneração”, diz.

Mas quando a família está envolvida as coisas mudam de figura. “O recomendado nessas situações é que o profissional vá primeiro, tente se ambientar na nova sede, pesquise o custo de vida em geral e só depois leve a família. O tempo mínimo para essa adaptação pode ser de três meses.”

Recolocação
E quando um profissional vai atrelado ao trabalho do cônjuge, as dicas são ativar o networking e as mídias sociais para chegar na nova cidade com boas chances de recolocação. “Conhecendo as pessoas e as empresas locais, uma boa carta de apresentação pode ser a chave para uma oportunidade profissional”, comenta.