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Você também pode ter felicidade no trabalho. Quer ver?

Ditadura da felicidade exige que profissionais mostrem alegria o tempo todo

Ter felicidade no trabalho é algo totalmente possível – para os outros. Certo? Ou você nunca se pegou pensando por que só você não consegue ter essa felicidade?

E você já percebeu como todo mundo precisa parecer feliz o tempo todo? Segundo Bruna Tokunaga Dias, especialista em desenvolvimento humano, estamos todos (praticamente) rendidos ao que ela define como ditadura da felicidade no trabalho.

Afinal, nas mídias sociais todo mundo é feliz e realizado. Nas empresas, a regra é a mesma, embora possa ser mais velada. “Profissionais que se mostram motivados e alegres o tempo todo são os que normalmente obtêm mais visibilidade e agarram as melhores oportunidades”, afirma ela.

Quer ser feliz também? Bruna recomenda alguns passos. Confira!

4 dicas para ser feliz no trabalho

1. Pare e pense

Pode parecer complicado, especialmente no início, mas para ser feliz, primeiramente precisa abrir um espaço para pensar e saber como se sente de verdade. “As pessoas mais felizes no trabalho são aquelas que encontraram um propósito para o que fazem“, diz Bruna.

Esse exercício passa pelo autoconhecimento: entender quem você é, no que é bom, o que gosta de fazer e o que busca de verdade. Sem essa clareza, dificilmente é possível equilibrar expectativas e encontrar bem-estar no trabalho.

E quer saber: esse propósito independe da função que essas pessoas exercem. Grande parte delas nem sempre ganham bem ou têm reconhecimento do chefe ou mesmo dos colegas de trabalho. “O trabalho do lixeiro, por exemplo, e árduo, tem altas taxas de insalubridade, mas tem gente que consegue ser feliz fazendo isso”, afirma.

Outro exemplo que ela conta é o de uma copeira, que aparentemente faz um trabalho operacional e repetitivo, mas encontra felicidade nisso porque consegue enxergar que seu trabalho torna o dia das pessoas mais agradável.

2. Coloque tudo na balança

A dica de Bruna – para quem quer ser feliz de fato – é colocar tudo na balança de tempos em tempos. Primeiro considere seu objetivo maior. Depois, de um lado, ponha o que hoje faz bem para você. De outro, o que faz mal. Claro que não é simples porque essa balança é muito pessoal e só você sabe o peso que cada item tem para você. Mas é um excelente exercício.

E vale lembrar: a felicidade não precisa estar concentrada 100% no trabalho. Ela pode ser um mosaico, formado por diferentes experiências – como hobbies, atividades voluntárias ou até uma segunda ocupação – que, juntas, compõem uma vida mais equilibrada.

Se você perceber que o lado ruim está mais pesado, a única coisa que definitivamente não pode fazer é começar a reclamar no ouvido de todo mundo. “Isso pode até trazer um alívio imediato porque você desabafa, mas, no longo prazo, só prejudica sua carreira e o clima de trabalho.”

Lembre-se de que, querendo ou não, estamos na ditadura da felicidade. Isso quer dizer que, mesmo durante esse processo que muitas vezes é difícil e demorado, você vai precisar se esforçar para passar uma imagem positiva.

3. Procure pessoas confiáveis

A terceira dica de Bruna é procurar pessoas em quem você confia para conversar e buscar alternativas. “Pode ser alguém da família, um amigo, um professor, todo mundo tem um mentor que admira com quem pode falar”, diz ela. Você pode, de repente, descobrir que quer continuar no seu trabalho, mas precisa esclarecer alguns pontos com o chefe.

Em muitos casos, também pode ser necessário “cavar” o seu espaço, criando oportunidades e sendo proativo, mesmo em cenários de desconforto. Às vezes, a felicidade não vem de uma mudança radical, mas de pequenas atitudes que transformam o dia a dia.

Pode também achar que é hora de buscar outro emprego, mudar de área, fazer uma pós-graduação etc. Só não se esqueça de que todo trabalho – e todo relacionamento, na verdade – tem ônus e bônus. “Se você quer uma coisa, certamente terá de abrir mão de outras”, diz Bruna. “Se quer ganhar mais, possivelmente tenha de sacrificar sua qualidade de vida e vice-versa.”

4. Tenha bom senso

Agora, se você parou para pensar e viu que de fato está feliz, que sorte a sua! Ainda assim, tenha cuidado. “É tão chato ouvir alguém reclamar o tempo todo quanto escutar alguém que se diz feliz todo minuto”, diz Bruna. Portanto, tenha bom senso e não transforme esse sentimento bom em um incômodo para os que estão à sua volta. Afinal, você não quer que essa felicidade tão bem-vinda prejudique seu desenvolvimento, né?

Além disso, é importante lembrar que não existe ambiente de trabalho perfeito: maturidade é entender que sempre haverá pontos positivos e negativos. A verdadeira felicidade vem do equilíbrio entre expectativa e realidade.

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