Saber se você está apenas engajado ou já ficou viciado no trabalho é difícil, especialmente na cultura atual que valoriza o crescimento rápido na carreira e a dedicação sem limites. No entanto, amar seu trabalho e ser emocionalmente dependente dele são situações muito diferentes.
Segundo a coach de alta performance Melody Wilding, não estar mais no controle total de suas ações e comportamento é um sinal de vício. Ela lembra que quando o psicólogo americano Wayne Oates cunhou o termo workaholic, há 50 anos, ele foi definido como “a necessidade incontrolável de trabalhar incessantemente”.
Como é um profissional viciado no trabalho
Se você é apaixonado pelo que faz, tem prazer em realizar as tarefas e consegue delegar com eficiência, provavelmente você seja um profissional engajado. Por outro lado, se você sente uma compulsão por trabalhar e, principalmente, se ela vier acompanhada de pensamentos negativos, possivelmente você seja um workaholic.
Segundo a coach, pessoas viciadas em trabalho geralmente exibem estas três características:
- Eles se sentem obrigados a trabalhar e sofrem pressões internas;
- Eles persistentemente pensam em trabalhar fora do expediente e em diferentes situações;
- Eles trabalham além do esperado e do razoável, apesar das consequências para sua saúde, bem-estar e relacionamentos.
Melody lembra que o psicoterapeuta Bryan Robinson explica que esse vício não é definido por horas de trabalho, mas pelo que acontece na cabeça dos workaholics.
Sinais e sintomas de vício em trabalho
- Você não se lembra da última vez que faltou ao trabalho por motivo de saúde;
- Você pensa em trabalho o tempo todo, inclusive quando está tentando relaxar;
- Você responde e-mails imediatamente, mesmo que não sejam urgentes;
- Você não confia em outras pessoas de sua equipe para fazer o trabalho no padrão que você faz;
- Seus relacionamentos estão desaparecendo porque você está preocupado com o trabalho;
- Você tem problemas para “desconectar” à noite;
- Você tem pesadelos ou insônia relacionados ao estresse;
- Você se sente irritado, impaciente ou tem explosões de raiva;
- Você tem sintomas físicos como dor no peito e falta de ar;
- Com algum frequência você se sente inadequado e se julga por não ter feito o suficiente.
Com o tempo, é comum que workaholics desenvolvam síndrome de burnout. “Eles parecem bem por fora, mas por dentro são o caos”, afirma a coach. Ela cita ainda um estudo realizado com funcionários de uma grande empresa de consultoria financeira que descobriu que pessoas com uma mentalidade de trabalho compulsiva relataram mais dores de cabeça, insônia e ganho de peso. “Pior de tudo, eles tinham um risco maior de síndrome metabólica, o que contribui para doenças cardíacas, derrame e diabetes.”
O vício do trabalho também causa estragos na vida familiar. Filhos de workaholics pontuaram 72% mais em medidas de depressão do que filhos de alcoólatras. E as esposas dessas pessoas relatam estarem infelizes em seus casamentos. Não é exatamente uma surpresa, já que é difícil amar alguém que nunca está presente – física ou emocionalmente.
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