Home > Carreira > Qualidade de vida > Convivência corporativa: tarefa nada simples

Convivência corporativa: tarefa nada simples

Aprenda a lidar com chefes e colegas com temperamentos difíceis no trabalho

por Heloisa Valente

Quem é que já não ouviu falar que o local de trabalho é a nossa segunda casa? Pois bem, se passamos lá a maior parte do dia, é fato que esse ambiente tem que ser o mais agradável possível. Mas nem sempre é isso que acontece. Muitas vezes temos que enfrentar colegas e chefes com comportamentos difíceis de lidar. E nesses casos de convivência corporativa, o que fazer?

Vera Martins, diretora da Assertiva Consultores e especialista em desenvolvimento de pessoas no ambiente organizacional, diz que o primeiro passo é “respirar fundo” e ser assertivo. “Para enfrentar chefes mandões, autoritários ou agressivos, por exemplo, é preciso estar munido de fatos e dados que reflitam seu posicionamento firme diante das situações.” Ela explica que isso não significa “bater de frente” com as posições deles, mas uma demonstração de autoconhecimento.

Na opinião dela, o autoconhecimento é uma característica essencial que falta a muitos chefes no ambiente corporativo. “Eles não sabem ao certo o que querem ou onde desejam chegar, mas cobram resultados dos seus subordinados o tempo todo para obter aprovação dos seus superiores. Na prática, isso só reforça sua insegurança no desempenho da atividade”, afirma.

Saber ouvir, argumentar, ser firme em seus propósitos e até contrapor opiniões são habilidades imprescindíveis para quem tem que enfrentar chefes difíceis em seu dia a dia. “Essas práticas contribuem para a maturidade profissional e o colaborador maduro acaba sendo um agente de mudança no ambiente organizacional. Afinal, é ele quem poderá dar feedback às outras pessoas da equipe sobre o desempenho do trabalho”, reflete.

Temperamento difícil
E o temperamento difícil não é exclusividade dos chefes. Colegas de trabalho também podem ter características agressivas, irônicas, bajuladoras, sarcásticas ou muito bondosas que podem comprometer o seu desempenho e, até, de uma equipe inteira. “Exemplo disso é o profissional bonzinho, que nunca diz não, e se compromete com coisas que não conseguirá cumprir”, diz a consultora.

“Além dele se prejudicar, pois convive com um alto nível de estresse, pode acarretar um mal maior que acaba refletindo nas pessoas que trabalham ao seu lado, pois normalmente ele tem autoestima baixa, é inseguro e pessimista”, ressalta Vera, que é autora dos livros Tenha Calma! e Seja Assertivo!.

Da mesma forma que o bonzinho, o colega que é um “bajulador” da empresa ou do chefe é mais um problema a ser enfrentado. “Esse profissional normalmente busca salientar as qualidades dos seus superiores e da organização para ganhar a confiança de todos. No entanto, é dissimulado e não pensa duas vezes em expor as fraquezas dos colegas em público”, analisa.

Para lidar com ele, Vera conta que a maneira mais prática é registrar tudo o que ele fala (ou reunir o máximo de evidências sobre suas posições) para que em uma eventual situação de desconforto você possa se defender. Afinal, ressalta ela, esse gênero é dissimulado e tende sempre a querer reverter a situação a seu favor.

Confira mais dicas de carreira e ainda dicas para fazer entrevista aqui.