por Heloisa Valente
Em um mundo globalizado, dominar o inglês passou de diferencial para pré-requisito na conquista de uma vaga no mercado de trabalho. Mas além do idioma de Shakespeare, quais outras línguas são importantes hoje em dia?
Renan Sinachi, consultor de gestão da Leme Consultoria, diz que a escolha de um terceiro idioma deve estar atrelada à área de atuação de cada um. “O inglês é meio de comunicação universal e, portanto, estratégico em todas as áreas. Por isso, quem pretende investir na fluência de mais um idioma deve optar por um que seja bem utilizado dentro do seu campo profissional”, afirma.
O consultor destaca que francês e alemão são línguas que vêm conquistando cada vez mais espaço no universo corporativo. “A indústria automobilística e a de petróleo e gás, por exemplo, exigem fluência em alemão, pois as grandes montadoras e mineradoras têm suas sedes na Alemanha ou mantêm lá grande parte de seus investimentos”, ressalta.
Quanto à área automotiva, a França abriga várias fábricas de veículos e sedia indústrias na área de autopeças e borracha. “Por isso, investir no francês pode ser uma boa opção para quem atua no mercado automobilístico.” O idioma também é imprescindível para os profissionais inseridos nos segmentos gastronômico e de cosméticos.
E o idioma mandarim?
O crescimento da economia chinesa e a invasão dos produtos produzidos por lá no mundo inteiro deixam um questionamento: vale a pena aprender mandarim para aprimorar as relações bilaterais entre Brasil e China? De acordo com Sinachi, esse investimento não deve ser feito para quem precisa de resultado no curto prazo.
“A China possui mais de sete dialetos específicos. É uma língua complexa para aprender e seria impossível conseguir fluência imediata. E como não se sabe se o crescimento da China será sustentável, esse investimento pode ser em vão. Mas quem apostou no idioma no passado, hoje colhe bons frutos”, analisa.
Assim como o mandarim, Sinachi não recomenda investimentos na fluência do japonês. “A área de eletrônica poderia demandar o japonês como língua mestre, mas o profissional que tem o inglês consegue driblar a ausência do idioma”, afirma. Sinachi comenta que para conseguir fluência em um determinado idioma são necessárias, no mínimo, 10 mil horas de estudos. Por isso, o mercado exige especializações e vivências.
“O que percebemos é um investimento grande no aprimoramento da qualidade dos idiomas. Vale mais apostar na boa fluência do que no conhecimento de várias línguas. Morar fora e conviver com outras culturas são ações sempre muito valorizadas pelas companhias na hora de uma contratação.”
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