A experiência internacional, além da fluência em idiomas, claro, é muito valorizada no currículo de profissionais de praticamente todas as áreas, dando um gás na carreira. Segundo Tereza Fulfaro, diretora educacional da Central de Intercâmbio (CI), isso é tão visível no mercado de trabalho que muitos pais estão enviando os filhos para fazer intercâmbio cada vez mais cedo.
Claro que nem todo mundo teve essa sorte, mas isso não é motivo para se lamentar para o resto da vida. Segundo a própria Tereza, existem programas indicados para diversas idades e diversos objetivos. Há, por exemplo, muitos deles focados apenas no aprendizado de idiomas. Outros, por outro lado, unem idioma a algum assunto de interesse do estudante, que pode tanto ser um hobby, como história da arte ou fotografia, a até uma necessidade, com foco em negócios ou economia, para citar alguns.
Portanto, se você ainda não tem um intercâmbio no currículo e percebe que perde boas oportunidades por isso, confira as dicas de Tereza para buscar essa experiência e tirar o melhor proveito dela para sua carreira.
Como escolher o melhor intercâmbio para você
- Primeiramente, avalie o seu domínio do idioma que pretende estudar.
- Se tiver um bom domínio e conseguir se comunicar, considere programas de extensão universitária, pós-graduação e MBA, por exemplo. “Entre os de extensão, há desde cursos de verão de um mês ou dois até aqueles que têm duraçao de quatro a seis meses, no máximo”, diz ela. Tudo depende, claro, da sua disponibilidade de tempo e dinheiro. “Há vários que oferecem bolsas de estudo. O o ideal é pesquisar até encontrar uma opção que caiba no seu bolso”, diz ela.
- Se você ainda estiver no nível básico do idioma, por exemplo, o ideal é focar mesmo no aprendizado da língua, com cursos intensivos e muito estudo. “Todo tipo de intercâmbio trará benefícios para sua vida e sua carreira por isso o melhor é focar no seu objetivo e fazer o que for mais apropriado para você no momento.”
- Outro programa muito interessante que tem sido bastante valorizado pelas empresas é o de trabalho voluntário no exterior. “As empresas acreditam que esse tipo de experiência desenvolve habilidades de convivência em equipe e desenvolvimento de trabalho em grupo, por isso ela é vista com bons olhos”, diz Tereza. Os brasileiros, segundo ela, estão percebendo isso e buscando mais esse tipo de programa. Os principais destinos são África, Índia, Nepal e Peru. “Os viajantes podem fazer trabalhos com animais ou pessoas, mas os brasileiros, nesse caso, normalmente preferem trabalhar com animais.” A duração dos programas varia de duas semanas a dois meses, em média.
- Faça amigos de outras nacionalidades. Sim, os brasileiros estão por todos os cantos, mas é preciso evitar ficar em grupos fechados, falando português, ou o seu aprendizado será prejudicado.
- Outra dica é buscar destinos menos escolhidos pelos brasileiros. “Se você quer ir para os Estados Unidos, pode evitar os tradicionais Nova York, Boston e San Diego.” A recomendação é ficar mais pelo meio do país, como em Dallas, Denver ou Chicago, por exemplo. Fora dos Estados Unidos, um destino interessante e pouquíssimo procurado é Malta, país do sul do continente europeu que é um arquipélago de 316 km2 de área terrestre.
- Agora, se você sonha em ir para Nova York, tudo bem, não precisa deixar de ir só por isso, mas é importante que você participe de todas as atividades propostas, todos os passeios, todas as visitas culturais etc e tente se comunicar com os professores e os alunos de todos os países que encontrar pela frente.
- Tereza diz ainda que se hospedar em casa de família ainda é a melhor opção não apenas para treinar o idioma com os locais, mas também para de fato conhecer a cultura e a vida de quem mora na região. “Claro que isso significa abrir mão de certo conforto e certa privacidade, mas o ganho que você pode ter vale muito a pena”, acrescenta. A dica, aqui, é colocar ganhos e perdas na balança e decidir. Se optar por um hotel ou uma residência estudantil, tudo bem também, desde que você não tente se isolar do mundo no seu próprio casulo.
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