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Jovem aprendiz: primeiros passos no trabalho

Especialista conta como entrar no mercado de trabalho

por Heloisa Valente

Conquistar um lugar no mercado de trabalho não é tarefa fácil, ainda mais quando se trata de jovens e adolescentes que nunca trabalharam e que, portanto, não tem experiência. Oferecer essa oportunidade de formação profissional remunerada, sobretudo para quem se encontra em situação de vulnerabilidade social é um dos pilares da Lei de Aprendizagem (Lei 10.097/2000). A “lei do jovem aprendiz“.

Por meio dela, empresas de médio e grande porte precisam ter em seu quadro de funcionários (em áreas que exijam cursos profissionalizantes) uma porcentagem entre 5% e 15% de jovem aprendiz. O descumprimento da lei acarreta multa às organizações. Em contrapartida, ao contratar este profissional, entre outros benefícios, a empresa tem redução de 75% da contribuição normal do FGTS desse colaborador para apenas 2%.

Mas afinal, como é o trabalho do jovem aprendiz? Danielle Cristina Santos, coordenadora da Educação Profissional do Espro (Ensino Social Profissionalizante), entidade que oferece cursos gratuitos e encaminha jovens ao mercado de trabalho, explica que o dia a dia deles é preenchido com conteúdo prático e teórico, aliando trabalho e estudo. “É uma rotina que tem que conciliar 60% de atividades práticas com 40% de conteúdo teórico na área que ele escolher”, afirma.

Múltiplas áreas para o jovem aprendiz

No Espro existem cursos de aprendizagem em segmentos como gastronomia, qualidade, área administrativa, alimentícia, bancária, atendimento, varejo, entre outros, com duração entre 11 e 24 meses. “Empresas parceiras contratam o aprendiz pelo período que dura seu curso profissionalizante”, explica Danielle.

Outro quesito para ser o jovem aprendiz é ter entre 14 e 24 anos incompletos e que esteja cursando o ensino fundamental ou médio. “Normalmente eles estão em seu primeiro emprego e precisam ser supervisionados o tempo todo. Um aprendiz, por exemplo, não pode ser cobrado por metas e resultados ou fazer hora-extra que comprometa o horário destinado às atividades teóricas”, comenta.

“Aqui no Espro organizamos, em média, seis encontros teóricos por mês que contabilizam carga horária para a jornada de trabalho na empresa contratante. Um aprendiz dispõe entre 4 e 6 horas de trabalho diário (durante a semana), por um período de até 24 meses”, conta. Após esse período de aprendizado remunerado, o jovem pode ser contratado ou não pela empresa para fazer parte do seu quadro efetivo de colaboradores.

Qual caminho seguir?

A coordenadora do Espro explica que muitos jovens chegam à entidade sem saber em qual área querem trabalhar e estudar. Nesses casos, diz ela, um acompanhamento profissional é importante para dar direcionamento, descobrir habilidades e aprimorar a comunicação. “Muito comum o jovem imaturo ser tímido e apegado a gírias, por isso, cursos de formação para o mundo do trabalho são fundamentais para que eles aprendam a se portar em uma entrevista e também no ambiente profissional”, analisa.

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