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Natal: temporários inflam comércio em dezembro

Gerente da Hi Happy conta que vários talentos acabam efetivados por indicação

por Guss de Lucca
fotos por Newton Santos

Uma das áreas que mais absorve temporários no período de Natal é o comércio. E não é difícil imaginar que as lojas de brinquedos estejam no centro desse ‘furacão’, afinal, grande parte das vendas do feriado é por conta do público infantil. Os benefícios para os dois lados, comércio e mão de obra, são inúmeros.

Gerente da loja Ri Happy localizada na Vila Mariana, em São Paulo, Cláudia Roversi sabe muito bem como o período é importante para a empresa e não esconde a empolgação com o aumento de clientes e funcionários – sentimento semelhante ao que a fez abandonar o serviço de instrumentadora cirúrgica para se dedicar ao comércio.

“Me incomodava muito ficar trancada no mesmo lugar o dia inteiro. Por isso, depois de seis anos na área médica, larguei tudo pra ser vendedora de lingerie de porta em porta. Foi aí que percebi que tinha tino para o comércio, pois sempre gostei de estar em contato com pessoas”, conta ela, que com apenas seis meses de casa assumiu a gerência de uma loja Ri Happy.

Fiscais de loja
A desenvoltura com que Cláudia, graduada em biomédicas, explica o funcionamento da loja no período natalino é semelhante ao que ela busca nos temporários que farão parte de sua equipe durante o mês de dezembro, quando o número de funcionários salta de 18 para 43. A rede contrata de vendedores, caixas, fiscais de lojas e estoquistas a responsáveis por serviços gerais. E se engana quem pensa que o número é alto.

“O gerente sempre acha que dobrar o quadro ainda é pouco”, explica ela, detalhando na sequência como é o gerenciamento de uma loja no período. “Assim que chegam os temporários são treinados para entender a cultura da empresa, que tem como alguns princípios promover um atendimento personalizado, sempre falar a verdade ao cliente e buscar o brinquedo ideal para a criança certa.”

Uma das técnicas utilizadas pela rede de lojas é fazer com que cada funcionário apadrinhe um dos temporários, tendo por obrigação transmitir a eles sua experiência em vendas – algo que, de acordo com Cláudia, estimula o espírito colaborativo e não permite que o nível do atendimento seja comprometido. “Dá um pouco de trabalho, mas é gratificante para quem gosta de lidar com pessoas e principalmente com crianças”, salienta.

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Comissão por vendas
Na Ri Happy os temporários são entrevistados pelos próprios gerentes e são contratados para trabalhar do dia 1o ao dia 28 de dezembro – com exceção dos estoquistas, que começam em novembro, época em que os carregamentos chegam às lojas. “Todos são contratados com o piso estabelecido pela CLT e recebem comissão em cima das vendas”, diz Cláudia.

Durante esse período, aqueles que se destacam acabam recebendo indicações para a efetivação  – uma decisão que deixa de pertencer aos gerentes e passa para o departamento de RH da empresa. “Tenho uma funcionária que trabalhou em dezembro do ano passado e foi efetivada em março de 2014. Outra foi temporária em outubro, no período do Dia das Crianças, e já foi contratada este mês”, conta a gerente. “Se vemos que é uma pessoa que trabalha sorrindo, entende de brinquedos e percebe que está vendendo um sonho para uma criança, a indicação surge naturalmente.”