por Heloisa Valente
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico, ‘apenas’ um curso de graduação já não é garantia de que se alcançará o sucesso profissional. “Nos tempos de hoje, graduação apenas não basta”, diz Tatiana Ferrentini, coordenadora de Carreira da ESPM. Para ela, essa é apenas a primeira etapa da caminhada. Dá-lhe especialização para chegar ao topo.
E o Brasil é bem servido de opções de cursos de pós-graduação. De acordo com a CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão vinculado ao Ministério da Educação, o País tem quase 5,7 mil alternativas para quem quer investir em novos rumos para a carreira, seja na área empresarial, de pesquisa ou acadêmica.
Tatiana explica que são várias as modalidades de aperfeiçoamento, com cursos livres e extracurriculares, pós-graduações em Lato Sensu (que incluem MBA) e Stricto Sensu, com mestrado e doutorado. Mas como escolher o tipo mais adequado ao seu perfil? A especialista diz que o primeiro passo é ter definido o que se quer: pode ser uma refinada no rumo profissional, mudança de área, uma boa ideia para pesquisa ou o desejo de ingressar no ramo acadêmico.
A partir daí, é preciso destrinchar o conteúdo dos cursos e visitar as instituições que os oferecem para decidir o que fazer. “Vale também uma boa conversa com quem já cursou ou está cursando e ouvir a opinião de um consultor de carreira para orientações”, sugere.
Múltiplas opções
Os cursos de pós-graduação Lato Sensu, que tornam o profissional especialista em determinada área, são compostos por 360 horas/aula e têm duração de 18 meses. Ao término, o profissional precisa desenvolver um projeto de conclusão de curso ou uma monografia para ter o título. Nessa modalidade estão incluídos os cursos de MBA (Master Business Administration), voltados às áreas de gestão e negócios.
Já os cursos de mestrado e doutorado se enquadram na categoria Stricto Sensu. Eles diplomam os candidatos que ficam aptos a ingressar na vida acadêmica, tornando-se pesquisadores e professores. Em ambos os casos, o ingresso a eles é feito a partir de um projeto de pesquisa que precisa estar pronto para ser defendido e analisado ao longo do curso.
O mestrado é composto por 48 créditos a serem cursados ao longo de três anos e se divide em dois grupos: mestrado profissional e acadêmico. Tatiana explica que nos dois casos o título final e a possibilidade da vida acadêmica são iguais, o que difere é a ênfase. “No primeiro, o profissional tem em destaque o lado prático da sua pesquisa, ficando ainda mais qualificado para o mercado de trabalho. No segundo, o lado teórico é melhor explorado para que ele continue sua pesquisa, possivelmente, em um doutorado.”
Por fim, no doutorado, o profissional terá quatro anos para cursar 32 créditos. E, da mesma forma que no mestrado, terá que ter pronto um projeto de pesquisa para ingressar. Tatiana diz que cada vez mais os cursos de pós-graduações (Lato Sensu e Stricto Sensu) crescem no País. Segundo a coordenadora, as instituições de ensino também estão exigindo cada vez mais uma maior titulação do seu corpo docente. “Isso explica o avanço e a necessidade da especialização profissional em qualquer área”, afirma.