por Fátima Motta*
Quem sou eu? Essa pergunta movimenta nossas inquietudes e a resposta que pode levá-lo ao autoconhecimento depende de muito trabalho e vontade de enxergar o que está além dos olhos e da percepção trivial.
Saber quem você é ajuda a reconhecer as competências, forças e fragilidades que você tem, mas, acima de tudo, possibilita contatar os modelos mentais e principais emoções que direcionam ações e decisões.
Porque sucesso depende de autoconhecimento?
O caminho do sucesso, sem dúvida, passa pelo autoconhecimento. Mas por onde começar? Em primeiro lugar, entendendo que autoconhecimento é um processo que tem início, mas não tem fim. Em segundo, reconhecendo que cada escolha conta um pouco quem se é, das características que temos, do que se valoriza. Prestar atenção nos pensamentos, nas emoções, na forma como nosso corpo reage às várias situações também são informações a nosso respeito.
O autoconhecimento está relacionado à consciência que temos de nós mesmos e isso possibilita administrar as características de forma a utilizá-las a nosso favor, o que é um diferencial dos profissionais, tanto na hora da seleção como durante toda sua vida profissional.
Profissionais com autoconhecimento fazem escolhas mais conscientes, são produtivos, seguros, íntegros e valiosos. Eles sabem quais são suas forças e fraquezas e assumem todas elas, não atribuindo suas dificuldades à empresa ou aos colaboradores.
Conhecer-se também é ter o gosto pela diferença e a humildade de entender que cada ser humano é um universo, portanto, com características complementares. Assim, ao pensar em formar equipe, provavelmente o líder, consciente de si mesmo, vai buscar profissionais com competências diversas das dele.
Equipes com líderes conscientes de si mesmos, normalmente são estimuladas também a se conhecerem e, então, seu trabalho se torna também mais produtivo, principalmente pelo fato de que a comunicação é construída de forma mais segura e assertiva.
Autoestima e autoconhecimento
Prima irmã do autoconhecimento, encontramos a autoestima, que diz respeito a gostarmos de nós mesmos, do jeito que somos. Isso não significa a opção pela zona de conforto, mas sim, a busca pela expansão, a partir das nossas potencialidades e forças.
Autoconhecimento e autoestima são duas faces da mesma moeda. Desenvolvê-las é necessário para todo profissional e essa busca pode ser feita de várias formas, desde com a ajuda de um profissional, passando pela atenção dada aos feedbacks recebidos e, ainda, pela auto-observação. A participação em treinamentos possibilita-nos algum esclarecimento sobre o assunto, potencializando esta busca.
Este é um desafio para aqueles que têm a consciência da responsabilidade de “ser” um humano melhor. Você é um deles?
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*Fátima Motta é sócia-diretora da FM Consultores e professora da ESPM e da FIA USP.