por Michelle Weiser*
Na física, resiliência seria a capacidade de um corpo de se recuperar após sofrer choque, ruptura ou deformação. Na prática, utilizamos o termo resiliência para falar sobre a habilidade de superar adversidades.
Ao longo da vida profissional, sofremos pressões por todos os lados. As pressões e exigências mudam desde o início da carreira até as fases mais maduras, mas estão sempre ali. Presenciamos e vivemos constantemente situações que poderiam ser menos “cabeludas” e mais proveitosas se as pessoas tivessem mais resiliência.
Carolyn Larkin, pesquisadora de RH, aponta a resiliência como terceiro atributo mais importante de um líder corporativo, atrás de “visão” e “energia”. Ser resiliente, porém, dá trabalho. Exige paciência. É um movimento, no entanto, contínuo e essencial para o crescimento profissional.
Seria possível não perder a cabeça? É raro encontrar quem consiga resistir às emoções no ambiente de trabalho, seja com gestor, equipe, cliente, fornecedor, imprensa ou qualquer outro público. Aliás, mais difícil ainda é persistir na resistência e ainda avançar – mas é possível. Para atingir essa excelência é necessário desenvolver o controle interno para passar por turbulências, absorver o que é importante e seguir em frente.
Como desenvolver sua resiliência
- Durma.
Pesquisas apontam que dormir pouco nos deixa irritadiços e com menor capacidade de lidar com problemas;
- Aprenda a filtrar.
Nem tudo que você escuta é importante ou merece atenção. Aliás, evite levar tudo para o lado pessoal – isso gera miopia e prejudica sua capacidade de discernimento;
- Economize energia.
Com organização e planejamento, algumas tarefas podem ser feitas quase que no modo automático. Salve sua energia para os momentos necessários;
- Saiba o que é prioridade de verdade.
Se tudo for prioridade, nada será prioridade. Ter capacidade analítica para mapear o que realmente importa pode evitar dores de cabeça;
- Segure o impulso.
Pense bem antes de “retrucar”, o que só tende a te prejudicar. Respire, absorva, pense por outros ângulos e sugira soluções. Terá menos atrito e será mais construtivo;
- Entenda seus limites.
Saber como você funciona vai evitar stress, além de te ajudar a prever (e conter) emoções, reações e atitudes. Dica de ouro: prefira ter paz de espírito a ter razão;
- Saiba com quem está falando.
Há inúmeros tipos de pessoas que podem te tirar do sério e cada tipo destes merece tratamentos diferentes. Seja flexível e adapte-se às circunstâncias;
- Aprenda com más experiências.
Reflita e cresça com cada aprendizado. Interprete as situações com “pés no chão”, sem otimismo exacerbado ou discurso derrotista;
- Foque na solução.
Errou? Corrija. Gerou repercussão? Faça o que puder para corrigir. Não tem jeito? Bom, não tem jeito. Analise o quanto isso precisa ser mastigado e faça a digestão. Bola pra frente e mais uma mala na bagagem;
- Permita-se rir de si mesmo.
Deixe tudo mais leve e fluindo melhor.
Vivências ajudam o aprendizado
Trabalhe para consolidar a sua fortaleza interna e bloquear a entrada de energia negativa. Torne esta lista um mantra e foque em traçar rotas para não passar novamente pelas mesmas situações. Não há como ter controle sobre tudo, mas podemos nos preparar para as adversidades. Para isso, é preciso passar por diferentes vivências para desenvolver a inteligência emocional e ganhar aprendizado.
Todos podemos fazer algo para aumentar nossa resiliência. A verdade é que depende muito de como encaramos cada situação. Por isso, dê sempre o seu melhor, aprenda com as falhas e cresça. Faça o que for possível para tornar isso um hábito.
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*Graduada em Relações Públicas pela Cásper Líbero, com extensão em Planejamento e Gestão de Marketing pela ESPM e experiências nas áreas de Comunicação, Marketing, Vendas e Eventos. Amante de bons livros e revistas, fã de séries, aspirante a ciclista na cidade e apaixonada por uma boa história ou conversa. Entusiasta da era do compartilhamento e crente do poder da gentileza em um mundo cada vez mais imediatista.