O Dia das mães faz lembrar que, embora o mercado de trabalho venha mudando ao longo dos anos, as mulheres ainda sofrem para conciliar filhos e carreira.
A pesquisa “Maternidade e Mercado de Trabalho”, feita pela VAGAS.com, mostra que 52% das mães que ficaram grávidas ou saíram em licença-maternidade em seu último trabalho passaram por alguma situação ruim na empresa.
Dia das mães alerta sobre grandes desafios
Entre os principais relatos apurados pela pesquisa estão comentários desagradáveis (apontados por 23,7% das entrevistadas), demissão (19,9%) e falta de empatia (16,9%).
Além disso, as mulheres também sofreram com substituição, redução da carga horária e salário, exclusão de projetos e até aborto por conta do trabalho. Em 80% dos casos, o chefe foi o responsável pelas situações. Entre as entrevistadas 45,9% também relataram que sofreram preconceito dos colegas.
A legislação brasileira protege a gestante e proíbe a discriminação em razão de situação familia. Porém, na prática, entre as trabalhadoras que são mães, 37,5% afirmaram que já sofreram preconceito ou julgamento pelo fato de terem filhos.
Dificuldades no trabalho e seus efeitos
Essas dificuldades no ambiente de trabalho repercutem até mesmo no planejamento das famílias. Do total de respondentes, 70% disseram que não pretendem ter filhos nos próximos anos. Dessas mulheres, 43% afirmam que a decisão é por conta da dificuldade de conseguir emprego ou se manter no mercado de trabalho.
A preocupação com o emprego depois da maternidade não é infundada. Basta ser mulher para ter que responder a perguntas constrangedoras (e algumas vezes eliminatórias) ainda no processo seletivo. Mais de 70% das respondentes afirmam terem sido questionadas na entrevista se eram mães ou tinham planos de ser. A pergunta, que pode parecer inofensiva, muitas vezes é seguida por outras, como “quem cuidará do seu filho se ele ficar doente?”.
Às vésperas do Dia das Mães, esses dados abrem espaço para a reflexão sobre o quanto as empresas brasileiras ainda estão descoladas das tendências de mercado. “As empresas mais competitivas estão apostando em ambientes mais diversos, acolhedores e de respeito. Esse tipo de preconceito já não tem espaço”, afirma Luciana Calegari, especialista em Recrutamento e Seleção da VAGAS.com.br.
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Paula Sato, autora do post, é Product Owner da VAGAS.com.