por Heloisa Valente
Juntar o hobby e a sua carreira! Quem é que já não sonhou em ganhar dinheiro com aquilo que mais gosta de fazer? Pois é, música, artes plásticas e fotografia são algumas áreas clássicas onde isso é perfeitamente possível. Mas existem outras habilidades pessoais que se bem exploradas e planejadas podem ter o mesmo destino.
“É o caso, por exemplo, de quem gosta de cozinhar ou viajar. Nos dois ramos, enveredar-se para o lado dos restaurantes e da gastronomia ou para as áreas de turismo ou hotelaria podem ser caminhos para negócios de sucesso”, explica Mônica Ferreira, da Sociedade Brasileira de Mentoring.
Planejamento é muito importante
A especialista diz que a primeira tarefa para quem quer transformar um hobby em carreira é procurar atividades que de alguma forma estejam relacionadas aquilo que a pessoa mais gosta de fazer. “A partir dessa seleção, é preciso conhecer o mercado de trabalho para descobrir se tal atividade é algo que terá crescimento nos próximos anos ou se é apenas um modismo”, alerta.
“Com os primeiros passos dados, é hora de fazer o planejamento”, afirma Mônica. Ela comenta que nesse momento procurar profissionais que possam fazer um teste de perfil e comportamento é importante para traçar uma estratégia bem definida para o segmento de atuação. “Igualmente importante é fazer cursos sobre como administrar um negócio próprio”, orienta Mônica.
Diferente das profissões onde o “dom” de cantar, pintar ou tocar algum instrumento, muitas vezes se sobressai no sucesso da atividade, as novas carreiras precisam, além de aptidões, conhecimento de áreas correlatas para deslanchar. “Uma pessoa que quer abrir uma pousada na praia, por exemplo, não pode apenas gostar de morar no litoral em um lugar lindo e sossegado. É preciso saber lidar com gente, entender de administração e conhecer a história local”, exemplifica.
Transição para a carreira do seu hobby
Sobreviver do hobby, que aparentemente é o negócio dos sonhos, nem sempre é fácil. Por isso, o planejamento é o carro-chefe na condução da carreira. Mônica diz que nunca é tarde para mudar e pondera que por alguns anos o ideal seria que o profissional exercesse duas atividades paralelas. “Bom seria conciliar a atual carreira com a nova e aproveitar os ganhos atuais para investir e ter uma reserva financeira para suportar o período inicial do segmento que ele vai seguir.”
Neste período de transição, dedicar duas ou três horas diárias para a nova carreira pode ser um bom começo, avalia a mentora. “Esse tempo pode ser dedicado a estudos, pesquisa de cenários e até ao exercício efetivo da profissão. Gradualmente essas horas podem ser aumentadas até que o profissional se sinta seguro e preparado financeiramente para trocar uma pela outra. A partir daí, vale dedicação total para que a atividade tenha sucesso”, conclui.
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