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O que faz um engenheiro de software?

O engenheiro de software pensa, cria e desenvolve jogos, sites, sistemas e aplicativos. Estamos falando de um dos profissionais com uma das melhores remunerações do mercado de TI

mulher sentada de costas para a imagem, frente a um computador em cuja tela há vários dados e ícones, ilustrando o conteúdo sobre o que faz um engenheiro de software

Você abre o aplicativo em seu smartphone e em poucos segundos resolve um problema. Pode ser a compra de algum produto em uma plataforma de e-commerce ou a transferência de um valor via PIX. Por um momento, você pode até se perguntar: quem desenvolve o sistema que permite essas ações? E a resposta é o engenheiro de software. 

Considerada uma das carreiras do futuro, o profissional de engenharia de software está muito disputado no mercado. 

E qual o papel dele numa empresa? Fique aqui conosco que contaremos tudo sobre essa profissão: o que faz, competências e mercado de trabalho para profissionais da área. Confira! 

O que é engenheiro de software? 

O engenheiro de software é o profissional cujas principais atribuições estão no desenvolvimento de softwares, aplicativos, sistemas, jogos, sites para diversos dispositivos (como computadores, servidores, smartphones, tablets etc.). 

Quando falamos em desenvolvimento, entendemos desde a criação, produção, implantação e manutenção de um projeto. Sempre buscando levar a melhor solução, em termos de qualidade e eficiência, para atender a uma necessidade do cliente.

Detalhando um pouco mais, esse profissional: 

  • analisa os requisitos do projeto;
  • define a melhor arquitetura para ele;
  • cuida da realização de testes para identificar possíveis falhas ou incorreções;
  • propõe soluções para problemas em softwares;
  • sugere atualizações de softwares e projetos quando necessário; 
  • cuida das aplicações ou funcionalidades visíveis (chamadas de front-end) pelos usuários, como o design que aparece em sua tela de computador quando acessa um site;
  • cuida, também, dos bastidores, daquilo que o usuário não vê. Essa parte invisível é chamada de back-end.

Qual a diferença entre um desenvolvedor e um engenheiro de software?

Após ler as responsabilidades acima, você deve estar se perguntando: “Acho que já vi uma lista de tarefas parecida, mas era para desenvolvedor de software. São a mesma coisa?”

Objetivamente a resposta é: não!

Ambas as profissões de programação têm uma base de atuação que é similar, o desenvolvimento de software.

Acontece que o desenvolvedor tem um campo de ação mais limitado. Seu foco está em escrever o código necessário a partir de parâmetros passados para ele.

Geralmente, o desenvolvedor executa uma parte do projeto de forma isolada, e o resultado de seu trabalho vai sendo incorporado no processo. 

O engenheiro de software também se ocupa do desenvolvimento, mas seu campo de atuação é mais abrangente. Ele vai olhar para o todo, testar o que está sendo feito, provavelmente terá de enfrentar desafios e problemas bem maiores do que um desenvolvedor enfrentaria. 

Quem pode ser um engenheiro de software e como se tornar um? 

Sabe aquela sua amiga que entende muito de software, que até criou uns jogos para computador? Se ela não tiver no currículo o nome de uma faculdade que oferece o curso de engenharia de software, nada feito: ela até pode ter todo o conhecimento desejado, mas não pode ser engenheira de software. 

A profissão engenheiro de software foi regulamentada em 2018. Para exercê-la é preciso que a pessoa tenha um registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). 

Para ter esse registro é preciso ter concluído a graduação em engenharia de software. Aqui, vale destacar que os cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação não servem como substitutos.

Para alguns profissionais, a regulamentação da profissão de engenheiro de software está equivocada. Essas pessoas acreditam e defendem a ideia de que essa função está muito mais no campo da computação ou da informática – e menos, muito menos, na da engenharia.

Ok, mas o que é preciso saber para ser um bom engenheiro de software? 

Quais as habilidades necessárias para a profissão?

Além das disciplinas que a pessoa vai aprender durante o curso, pelo fato de suas responsabilidades envolverem aspectos técnicos e humanos (equipes), algumas competências ou habilidades são necessárias, como: 

  • falar bem o inglês;
  • lidar com dados, matemática e raciocínio lógico (até porque pode precisar desenvolver algoritmos);
  • lidar e gerir pessoas e equipes (aqui entra aptidão para liderar e para se comunicar bem com os demais);
  • capacidade analítica para perceber padrões, por exemplo, e propor insights;
  • flexibilidade, adaptabilidade e resiliência;
  • perfil executor;
  • atenção aos detalhes e ser organizado;
  • conhecer as linguagens mais utilizadas no mercado, como JavaScript, Visual Basic, C++, C#-, Python, por exemplo;
  • ter a capacidade de estar sempre aprendendo 

Quanto ganha o engenheiro de software? 

Ter uma graduação e as habilidades necessárias para a carreira na engenharia de software não é para muitos. Será que em função disso a remuneração desse profissional é boa? 

Sim, é boa. Aliás, é considerada uma das melhores dentro da área de TI.

Os valores médios do salário vão depender do porte da empresa e do nível de experiência. 

Por exemplo: de acordo com o Estuda Mais Brasil (2020), o menor valor para um trainee em uma pequena empresa é de R$ 2,4 mil. Já o master pode ultrapassar os R$ 10 mil. 

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a média salarial é de R$ 10 mil por 41 horas semanais. 

O valor, além do porte da empresa, também é impactado pelo grau de experiência do profissional. E aqui segue aquela “escada” na carreira: trainee, júnior, pleno, sênior e master. 

Onde trabalha o engenheiro de software?

O engenheiro de software pode trabalhar em empresas públicas ou privadas de vários setores que tenham uma área de TI própria ou em consultorias e desenvolvedoras de tecnologia. Startups também são uma opção. Pode, ainda, como empreendedor, ter o seu próprio negócio.

Há várias áreas de atuação possíveis para o profissional. Explicamos algumas que merecem destaque.

Desenvolvimento

É a área que mais demanda profissionais. É voltada para a construção de sites, jogos, sistemas. 

Arquitetura

Foca nos aspectos estruturais de uma solução, na definição de quais componentes usar, bem como em quais propriedades o projeto deverá ter para interagir com outros sistemas, por exemplo. Aqui, temos mais a parte “invisível” (back-end).

Gerenciamento

Aqui entra o acompanhamento da parte tecnológica e humana. É administração de tempos, orçamentos, processos, pessoas.

Banco de dados ou Database Administrador (DBA)

Cuida das informações ou dados que a empresa coletou a partir de várias fontes na Internet. É aqui, em especial, que a capacidade de identificar padrões ou tendências é importante para sugerir ideias e insights. Há também o cuidado em manter os dados em segurança. A LGPD tem feito com que essa área tenha mais atenção. 

Qualidade

São os testes realizados durante o desenvolvimento do projeto e após a sua conclusão. É a parte de identificação de falhas, proposição de correções e/ou atualizações. Para alguns, essa área está dentro da Arquitetura. 

Segurança da informação

Aqui, a segurança não está nos dados, mas nas redes e sistemas. 

E sempre há os campos de docência e de pesquisa para o engenheiro de software.

Como está o mercado de trabalho para essa profissão? 

Com as mudanças no mercado e uma transformação digital veloz, além de um processo de digitalização e automação crescente, é natural entender que o mercado de tecnologia esteja sempre aquecido.

Ocupando a 9ª posição no ranking mundial de TI, de acordo com o estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2021, e a liderança na América Latina, o Brasil mantém um histórico de déficit de profissionais na área. 

E a tendência é ter mais demanda, inclusive de engenheiros de software.

O relatório Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 do Senai aponta que os setores ligados à tecnologia são identificados como os de maior crescimento.

As expectativas para quem quer seguir essa carreira são muito positivas e animadoras. Uma área com boa remuneração, com grande procura por seus profissionais por parte do mercado. 

A questão, como em todas as profissões, é se dedicar tanto às competências técnicas quanto às comportamentais. 

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