por Michelle Weiser*
Não é fácil ser autêntico. Sofremos pressões para nos tornarmos melhores em diversas fases da vida. Essas pressões vêm da família, dos amigos, do trabalho, de nós mesmos. E nem sempre (quase nunca, aliás) esse “melhor” é algo unânime – e isso gera um conflito de expectativas.
Administrar as pressões e as expectativas que colocam sobre nós é uma tarefa difícil, mas indispensável. Para sermos autênticos, precisamos compreender e priorizar nossas vontades diante desse turbilhão e de tantos padrões e estereótipos de sucesso. É um grande desafio, que também pode ser um diferencial e tanto a vida profissional.
Mas por que ser autêntico?
Ser autêntico é pensar criticamente e tomar a melhor decisão de acordo com seus planos, mesmo que esse caminho seja mais difícil ou implique voltar atrás em alguma decisão. No entanto, muitas vezes a chegada ao mercado de trabalho é uma pancada mais dura que o esperado. As razões são muitas: compreensão superficial da realidade, falta de conhecimento sobre si mesmo, desalinhamento entre expectativas e vida real.
Podemos chegar achando que a empresa irá nos defender ou lutar por nós em alguma situação. Na prática, isso dificilmente acontece. Por isso é preciso estabelecer o seu espaço, impor respeito e blindar-se em algumas situações. As empresas são ambientes dinâmicos, competitivos e, no geral, os profissionais “quadrados” sobrevivem. Mas são os autênticos que se destacam. Antes de tudo, porque respeitam sua essência e suas crenças, assumem suas vontades e priorizam suas próprias expectativas.
Saiba quem você “está” e quem você quer ser
Temos uma essência base, mas hoje “estamos” quem somos e, amanhã, algo pode ter se transformado e “estaremos” outra coisa. Ser autêntico também é melhorar sempre e mudar de rota se for o caso. Isso não distorce sua autenticidade, apenas traz maturidade.
É preciso, no entanto, buscar um ponto de equilíbrio, já que a autenticidade mal cuidada pode trazer uma miopia e até mesmo se tornar uma arrogância. É bom lembrar que ser autêntico também é ser humilde: ouvir opiniões e aproveitar os feedbacks ajudam a crescer. Nem sempre estaremos certos ou teremos todas as respostas.
No lugar certo com as pessoas certas
Minha dica para quem quer ser autêntico é não se deixar podar pelo meio. Se você busca liberdade para ser quem é, procure se aproximar de pessoas e de meios em que a autenticidade seja vista de forma positiva. Aproxime-se de pessoas positivas, que você admira e que não ficam tentando mudar quem você é. Há pessoas que tentam interferir demais na formação da nossa personalidade e nas nossas decisões – cuidado com elas!
Além disso, procure frequentar eventos e trabalhar em lugares que compreendam seu potencial, respeitem e estimulem a sua autenticidade. Se o ambiente é adverso, procure brechas para surpreender quando for possível. Saia do óbvio. Permita-se ousar. Seja você mesmo!
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*Graduada em Relações Públicas pela Cásper Líbero, com extensão em Planejamento e Gestão de Marketing pela ESPM e experiências nas áreas de Comunicação, Marketing, Vendas e Eventos. Amante de bons livros e revistas, fã de séries, aspirante a ciclista na cidade e apaixonada por uma boa história ou conversa. Entusiasta da era do compartilhamento e crente do poder da gentileza em um mundo cada vez mais imediatista.