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Práticas antirracistas que podemos usar no ambiente de trabalho

Veja o que você pode fazer para reduzir a discriminação racial onde você trabalha

Não basta apenas não ser racista. Para lutar contra a desigualdade racial que persiste na maioria das empresas do Brasil, nós precisamos ser antirracistas. E existem muitas formas de incluir práticas antirracistas no seu dia a dia, inclusive no ambiente de trabalho. 

Um bom começo para praticar o antirracismo é conhecer a iniciativa “Seja Antirracista”, idealizada em parceria pelo Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), organização sem fins lucrativos comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial, e pelo Sistema B Brasil, organização sem fins lucrativos que articula um movimento global de empresas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta.

Como incluir práticas antirracistas no seu dia a dia profissional

O Seja Antirracista indica alguns caminhos para quem quer enfrentar de fato o racismo.  Neste post, usamos as recomendações da iniciativa como ponto de partida para mostrar como cada um de nós pode fazer alguma coisa prática contra o racismo no ambiente profissional. Vamos lá? 

1. Não faça de conta que o racismo não existe

Muitas vezes, para evitar maiores discussões ou para demonstrar que não somos racistas, caímos no erro de dizer que existe apenas uma raça – a raça humana. Essa postura pode ser bem intencionada, mas ela não diminui o racismo onde quer que ele esteja. Quando as pessoas discutem raça e racismos elas estão falando sobre experiências sociais compartilhadas por pessoas que têm características físicas comuns, como a cor da pele ou a textura do cabelo, por exemplo. 

2. Busque mais conhecimento

Você sabia que negros ganham 31% menos que brancos no Brasil? Uma forma de combater o racismo é buscar informação sobre o assunto. Há dados do IBGE sobre diferenças entre brancos e negros no mercado de trabalho. Há autores negros que merecem ser lidos. Alguns nomes? A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, o poeta recifense Solano Trindade, a mineira Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de despejo – Diário de uma favelada

3. Não minimize o racismo que existe no Brasil

Casos internacionais podem gerar maior repercussão nas redes sociais e nas ruas, mas isso não tira a gravidade do racismo que existe no Brasil. Não use esse argumento para diminuir a discriminação que temos por aqui. 

4. Espalhe a necessidade de usar práticas antirracistas

Sempre que possível, divulgue a necessidade da educação antirracista entre amigos e colegas de trabalho. Precisamos falar sobre racismo e tomar atitudes contra o racismo. 

5. Descubra seu papel de pessoa branca 

Se você for uma pessoa branca, entenda que deve falar mais sobre racismo entre outras pessoas brancas. Em uma sociedade racista – e, sim, a nossa sociedade é racista – pessoas brancas têm privilégio e, por isso, têm também um papel social na luta contra o racismo. Para ser antirracista é preciso apoiar ativamente movimentos de pessoas negras, entendendo que, embora você não seja o foco principal dessa luta, pode usar sua voz para falar sobre ela. 

6. Apoie pessoas negras

Escute seus pontos de vista sem minimizá-los. Compartilhe suas ideias. Apóie sua promoção na empresa. Incentive que a empresa financie seu curso de graduação ou pós-graduação. 

7. Denuncie o racismo

Seja você branco ou preto, denuncie o racismo em suas diversas formas e manifestações. Muitas vezes a discriminação não vem em forma de violência física  ou verbal, ela vem disfarçada em olhares, por exemplo. É racismo do mesmo jeito. 

Como empresas podem incluir práticas antirracistas no cotidiano

Se você quiser levar sugestões de práticas antirracistas que a direção da empresa pode implementar, a iniciativa Seja Antirracista também tem algumas ideias. 

Aqui vão algumas delas:

  • levantar o número de pessoas negras que a empresa tem em cargos executivos no Brasil e traçar uma meta de contratação anual de profissionais autodeclarados negros e negras;
  • dedicar algumas horas por mês a treinamentos voltados  à educação racial no Brasil para os profissionais que trabalham na empresa; 
  • Apoiar outras empresas e projetos liderados por pessoas negras e ou ligados ao avanço da pauta antirracista no Brasil.

Vamos começar a colocar essas ideias em prática? Se cada um fizer a sua parte – e todos nós temos uma parte nessa história – a mudança vai chegar mais rápido. Vamos nessa? #SejaAntirracista 🙂