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Resposta para crise? Crescimento profissional

Economista avalia impacto desta dificuldade no mercado de trabalho

por Guss de Lucca

O ano começou e palavras como crise, “pibinho” e inflação despontam quando o assunto é a economia brasileira. Em momentos como esse, em que as incertezas abalam o mercado de trabalho, profissionais de todos os setores temem que a retração de empregos faça com que o país volte a enfrentar momentos que muitos sequer vivenciaram. A resposta para este problema é: crescimento profissional.

“Antes tínhamos crises frequentes chamadas de stop and go, onde havia euforia e retração, algo comum com a inflação da época. Agora é diferente pois existe um contingente muito grande de famílias que tiveram um período razoável de aumento de renda e participação maior na economia“, explica Nuno Fouto, professor de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.

“Quando se pega um revés desses, essas pessoas, que não viveram a época do stop and go, da grande inflação, se assustam porque estão acostumadas com uma maior estabilidade e não pensam muito no crescimento profissional”, completa.

Qualificação

De acordo com Fouto, o impacto de uma crise no dia a dia dos trabalhadores, estejam empregados ou não, favorece os mais qualificados, tendo em vista que as empresas, ao precisar enxugar seus quadros de funcionários, buscarão ficar com os mais competentes – o que, de certa forma, é favorável à recolocação desses profissionais.

“É um momento em que muitos profissionais que deixaram de procurar emprego para se qualificar, dedicando-se aos estudos, voltam a buscar posicionamento – justamente quando é mais difícil. Muita gente, por exemplo, larga a pós-graduação por não conseguir pagar”, diz o economista. “Na dificuldade as pessoas inclusive aceitam salários mais baixos, reduzindo as exigências que tinham anteriormente.”

Questionado sobre a existência de setores mais prejudicados que outros diante da atual crise, ele afirma que ações que privilegiam um setor em detrimento do outro acabam transferindo renda de setores produtivos para um setor improdutivo. “Ao protegê-los você está mantendo empregos artificialmente”, afirma.

Foco no crescimento profissional

Aos que buscam a colocação no mercado de trabalho o economista aconselha foco no futuro. “É importante não olhar para o passado. O interessante para quem está saindo da faculdade e entrando no mercado é buscar o crescimento profissional em empresas que estão inovando, com potencial de crescer, e não necessariamente aquelas já estabelecidas. Não dá para parar de evoluir seu capital intelectual. Quem está se formando precisa buscar crescimento, não estabilidade.”

 

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