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Mães: rotinas geram filhos com mais autonomia

por Rejane Tamoto
fotos: arquivo pessoal/Rogério Montenegro

Todo dia elas fazem tudo sempre igual. E os filhos, principalmente os pequenos, agradecem essa rotina – de fazer pelo menos uma refeição juntas todos os dias, de colocar para dormir, de esquecer do mundo quando estão juntos. Ela gera confiança, autonomia e responsabilidade. Confira mais histórias de algumas das supermães da VAGAS. E não perca mais depoimentos aqui e aqui.

Beatriz Guimarães, 31 anos, analista de RH 
Olhando para trás, Beatriz (abaixo) vê o quanto foi bom ter sido mãe aos 18 anos. “Eu tinha pique para passar as noites em claro. Amadureci porque tive de trabalhar, passar valores para a criança sozinha. É um papel que Deus me deu e que vale a pena”, lembra. Hoje, o filho Lucas tem 12 anos e uma certa autonomia. Mas a mãe está sempre em cima para ver se ele fez as tarefas. “Meu marido, que não é o pai, só brinca e eu fico com a parte das broncas. Mas quem ganha carinho sou eu. Ser mãe vale qualquer sacrifício e esforço”, relata. O desafio atual de Beatriz é ensinar a Lucas o valor do dinheiro, já que ele está naquela fase de querer tudo que está na moda. “Tudo o que ele vê, ele quer. Explico que dinheiro não nasce em árvore e que é preciso trabalhar para comprar as coisas”, completa.

Beatriz Guimarães 31 anos e Lucas Guimarães Meli 12 anos um

Daniela Cordeiro, 30 anos, consultora Daniela da Cunha Cordeiro 30 Ana Luiza 2 anos 5 meses dois
A história de Daniela (ao lado) e da filha Ana Luiza, de dois anos, foi marcada por muita emoção e pelo apoio da VAGAS. “No parto, nós corremos risco de vida e ela nasceu prematura, aos oito meses. O apoio da empresa foi enorme porque pude fazer home office por um ano. Hoje, ela é uma menina saudável e pede para ir à escolinha”, conta. Nas poucas horas que sobram à noite durante a semana, Daniela encontra energia para brincar de cavalinho e dar atenção à filha que, segundo a mãe, é ligada nos 220. “Ela é uma menina inteligente e sempre resolve os problemas sozinha. Mas é muito carinhosa e sempre diz que me ama. Não precisa de muita coisa para alegrá-la. No fim de semana, nossa diversão é correr e brincar de balanço nos parques. Quando ela
fizer três anos, vamos para a Disney”, conclui.

Fabiola Lago, 47 anos, trabalha na comunicação 
Para quem trabalhava em casa e monitorava de perto os filhos Caio, de nove anos, e Theo, de 11, o maior desafio é ser feliz na nova rotina, na qual chega a gastar 12 horas por dia entre o expediente e o trânsito. Assim é a vida de Fabiola, que mora em Embu das Artes e evita compensar a distância dos filhos com presentes e permissividade. “Amo o meu trabalho e transmito isso para eles. Um dia, o mais velho disse: ‘quero ser importante como você para as pessoas’.” Na nova rotina, os meninos têm de fazer a lição durante o dia e deixar as dúvidas para a noite. “Agora eles têm de controlar o próprio tempo. Quando estamos juntos, viajamos, brincamos e fazemos bolo. O que me deixou feliz na última reunião escolar é que eles estão indo muito bem, apesar da mudança de rotina”, comenta.

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Karina Kikugava Marcondes, 34 anos, consultora 
Só lágrimas. Era o que escorriam dos olhos de Karina (abaixo) e da filha Isabela, então com um ano e 10 meses, na hora de ir para a escola. Pouco tempo depois, a pequena se acostumou mais rápido até do que a mãe, que ainda se sentia sozinha em São Paulo após ter deixado Ribeirão Preto há mais de um ano. “Naquela época, eu tinha um pouco de medo de sair em São Paulo. Arrumei emprego assim que ela entrou na escola. À noite faço a janta, cuido da cachorrinha Nina e a Isabela fica com ciúme se eu mexer no celular. Temos só duas horas juntas por dia e não dá mesmo para olhar o Facebook”, conta. No fim de semana, a maior diversão da família é ir ao parque, pegar um cinema e fazer piquenique com os bichos de pelúcia de Isabela na sala de casa. “Com ela, todos os momentos são alegres”, resume.

karina marcondes dois

Karina Ribeiro, 34 anos, consultora
Aos 20 anos, Karina tinha certeza de que queria ser mãe. Esta foi uma escolha da qual jamais se arrependeu, mesmo tendo adiado por três anos o plano de cursar a faculdade de Administração e a pós-graduação em Tecnologia da Informação, que hoje tem no currículo. Agora, ela ajuda o filho Kauê, de 14 anos, a planejar o futuro. “Minha missão é auxiliar ele a decidir o que ele quer ser. Somos amigos e me sinto premiada por ser uma referência para ele. Isso me faz saber que tomei as decisões certas”. Karina separou-se do pai de Kauê quando ele tinha três anos e lembra que não foi fácil conciliar o estudo, trabalho e a criação do filho. “Hoje trabalho numa empresa flexível e participo mais da vida dele. Vou aproveitar o companheirismo, antes que ele arrume uma namorada”, brinca.

karina e kauê dois

Katia Patricia Rodriguez Chaves, 45 anos, consultora de treinamento filho da katia um
Ela trabalha, faz pós-graduação, artesanato, cuida da casa e do “chicletinho”, apelido carinhoso para o filho Fernando, de seis anos. Katia é daquelas que sempre estão envolvidas em diversas atividades e administram bem o tempo para isso. No entanto, não é imune aos dilemas de toda mãe. “Não acompanho a saída dele para a escola e nem o retorno para casa. Às vezes tenho de entregar trabalhos da pós-graduação e sinto frustração por não ficar tanto com ele. Enquanto não chego em casa, ele não janta. Mas quando chego, minha atenção é toda dele, para assistir à TV, fazer a lição e até para dormir. Há todo um ritual de contar histórias e segurar o braço dele até pegar no sono. É o meu chicletinho, pois ficamos grudados e damos um milhão de abraços. Ele é tudo na minha vida”, conta.