por Heloisa Valente
Quando uma empresa abre um processo de seleção para determinada vaga, ela já sabe o salário que será pago ao novo colaborador e os benefícios aos quais ele terá direito, certo? Nem sempre. O que acontece, muitas vezes, é que a organização tem estruturado um PCS – Plano de Cargos e Salários -, mas se vê diante da contratação de um profissional para um cargo novo. E agora, as empresas calculam salários?
Calcular salários nem sempre é tarefa simples
“O primeiro passo é estabelecer dentro da empresa a urgência dessa contratação e as atribuições que este profissional demandará”, explica Mirelle Philomeno, gerente de negócios da Hays. Ela diz que olhar a base salarial do mercado é fundamental, mas alerta que só isso não basta. “É preciso avaliar internamente se esse novo profissional ganhará mais que os atuais colaboradores para não abalar a harmonia da área.”
E se for este o caso, o ideal é uniformizar os ganhos, sempre avaliando os custos e as estratégias das empresas. “O que temos visto é uma crescente valorização de um pacote de benefícios. Mais do que o salário em si, bônus em dinheiro, pagamento de cursos, custeio de escola para filhos e combustíveis, por exemplo, ganham espaço na preferência dos profissionais e abrem caminhos para uma remuneração maior”, detalha Mirelle.
A gerente afirma ainda que no caso de uma nova profissão, a empresa deve estar atenta aos salários pagos em outros mercados mundiais. “Profissionais da área de energias renováveis estão sendo cada vez mais demandados e, por isso, a experiência internacional na remuneração deles precisa ser analisada e, claro, adaptada à realidade da empresa no Brasil”, exemplifica ela.
Meritocracia ganha mercado
Remunerar profissionais por metas cumpridas que foram previamente estabelecidas e colocar sempre novos desafios a serem conquistados fazem parte meritocracia, prática que vem sendo adotada por algumas companhias no Brasil. Mirelle diz que esta forma de remuneração atrai profissionais jovens, ambiciosos e que já têm estruturado um plano de carreira.
“Desde 2010, por conta da experiência da Ambev, a meritocracia tornou-se mais uma forma de alavancar o ganho dos profissionais comprometidos com os resultados das organizações”, diz. “A implantação do sistema, sem dúvida, é uma forma de atrair e reter talentos”, avalia.
Reajustes anuais
E o reajuste salarial? Como fica? “Os colaboradores sempre têm um salário fixo e os reajustes acompanham os dissídios das categorias”, explica Mirelle. Mas ela ressalta que, em tempo de redução de custos e baixo crescimento econômico, o que ganha destaque na elevação dos ganhos mensais dos profissionais são os benefícios.
“Os salários podem ser atrativos, mas a oportunidade de ter um bônus anual ou valores agregados como vale-combustível, cultura e outros está no topo da preferência dos colaboradores e das empresas. Atualmente, eles respondem pelos maiores ganhos”, analisa.
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