*por Paula Sato
Em maio de 2018, o escritório da VAGAS.com recebeu a terceira edição do evento “Mulheres de Produto”. Organizado por mulheres que trabalham com tecnologia, o encontro promove a troca de conhecimento e também de ajuda entre as profissionais que atuam em um mercado dominado pelos homens.
Segundo a ONU Mulheres, apenas 17% dos programadores em todo o mundo são mulheres. Essa disparidade começa desde a infância, quando as meninas não são incentivadas a estudar exatas e se reflete nas faculdades de ciência e tecnologia, em que elas são minoria. Quando chegam ao mercado de trabalho, as mulheres também sofrem para se adaptar e serem ouvidas em ambientes dominados pelos homens.
Mulheres de Produto: participantes contam como encararam muitos desafios
Durante o evento, que contou com 30 participantes, Camila Ferreira, que é Product Manager na Plataforma Tech, e Talita Morais, Product Manager na Bionexo, contaram sobre suas trajetórias e como fizeram suas transições de carreira.
Camila, que estudou Engenharia Química e passou pela área de Marketing até migrar para Produtos, trouxe a reflexão de que as diversas mudanças que fez em sua vida profissional foram muito positivas, mas não foram fáceis. “Entenda o preço que você vai pagar por cada decisão. Não é barato fazer todas essas transições”, conta ao mencionar que sofreu com quebra de performance por ter sempre de aprender coisas novas.
Talita, formada em Análise e Desenvolvimento de Software, começou sua carreira como Analista de Qualidade (QA) até descobrir que se interessava mais pela área de Negócios. Segundo ela, é importante entender se a vontade de mudar tem realmente a ver com a área de atuação ou é apenas um reflexo do descontentamento com a empresa ou o ambiente de trabalho. “Eu tinha medo de tomar uma decisão equivocada, se era uma questão de dia a dia que poderia ser resolvida”, diz. Após listar os motivos que a deixavam infeliz no cargo em que estava, Talita percebeu que realmente era hora de seguir o próximo passo e, dentro da própria empresa, fez a mudança para uma outra área.
Depois dos depoimentos de Camila e Talita, as participantes se dividiram em grupos de discussão separados por carreiras – em cada grupo estavam mescladas pessoas que queriam fazer a migração com aquelas que já atuavam nesse cargo. Nesse momento, quem ainda não atuava na área pôde tirar suas dúvidas sobre os melhores cursos, maneiras de fazer essa migração e também sobre as coisas boas e ruins de cada carreira.
Esse apoio entre mulheres é um dos fundamentos do “Mulheres de Produto” e a principal motivação para que esses encontros aconteçam. “Um dos pilares da comunidade é a sororidade. A gente está aqui para se ajudar, para trocar ideias e apoiar uma mulher que está próxima”, afirma Clarrissa Moriko, uma das organizadoras do evento.
O Mulheres de Produto surgiu como uma comunidade na plataforma Slack. No ar desde janeiro de 2018, o grupo já conta com 615 mulheres de diferentes partes do Brasil que trabalham com carreiras que vão desde Customer Success a UX, Design, Desenvolvimento de Software e Gestão de Produtos.
Os encontros do “Mulheres de Produto” acontecem todos os meses em São Paulo. Além disso, o primeiro evento da comunidade em Florianópolis será em 7/06/18 e já há um hackathon em São Paulo marcado para o dia 9/06/18. Para ficar por dentro dos eventos do grupo é só acompanhar a página delas no Meetup.
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*Paula Sato atuou como Product Owner da VAGAS.com