Muitos de nós fomos obrigados a fazer home office na quarentena como forma de manter o isolamento social nesta época de pandemia. Alguns estão se adaptando, outros tendo mais dificuldade, o que é compreensível porque os brasileiros nunca foram muito entusiastas dessa ideia de trabalhar de casa, nem em situações normais, quando essa era apenas uma opção.
Se você está nesta situação, pode ser interessante observar com qual grupo de pessoas que estão em home office você se identifica. Um levantamento da BackToHumans, empresa de pesquisa e conteúdo, identificou cinco deles. Veja se você faz parte de algum. 😉
Neste artigo você verá:
Quem são as pessoas que trabalham em home office na quarentena
Os cinco perfis de profissionais identificados pelo levantamento vão desde os mais adaptados até o mais resistentes, que ainda sofrem com a ideia de não sair de casa e não ter contato social com os colegas. Vamos conhecer cada um.
1. Familiarizados e felizes
Este primeiro grupo é formado pelas pessoas que já eram fãs de trabalhar em casa, mesmo que de vez em quando, e agora conseguem encarar a obrigatoriedade do home office na quarentena com mais facilidade.
Em tempos normais, essas pessoas costumavam dizer que havia mais produtividade no home office e recomendavam a prática aos colegas. Nada garante que eles tenham a mesma opinião agora que o home office se tornou obrigatório.
2. Familiarizados, ‘pero no mucho’
Neste segundo grupo estão as pessoas que até costumam trabalhar em home office, mas preferem o escritório.
Possivelmente elas tenham dificuldade com a infra-estrutura, desde o próprio notebook até a conexão à internet, e também com a questão cultural (“como demonstrar que estou trabalhando?”) e não saibam bem como resolver essas questões.
3. Sem experiência, em processo de aprendizado
Neste grupo de pessoas que não costumavam fazer home office estão tanto aquelas que acreditam que ele possa ser produtivo quanto as que têm medo de perder produtividade por estar fisicamente longe do chefe ou da equipe.
Além das questões habituais de adaptação ao home office, essas pessoas têm também de se adaptar às dificuldades peculiares desta pandemia. Em casa, seus “colegas de baia” muitas vezes são crianças e familiares que compartilham o mesmo espaço. Há dificuldade para encontrar limites entre problemas domésticos e profissionais.
Além disso, pessoas que trabalham em empresas que não têm cultura de trabalho remoto costumam ter medo de serem julgadas por não estarem no escritório.
Chefes muito centralizadores também têm mais dificuldade porque precisam confiar que seus funcionários estarão trabalhando mesmo longe dos seus olhos. E quem trabalha para esse tipo de gestor muitas vezes tem de passar mais tempo comprovando que está mesmo trabalhando de casa do que se focando na atividade que precisa ser realizada.
4. Trabalhadores de atividades não remotas
Neste grupo estão os profissionais que trabalham em negócios que não podem operar facilmente de maneira remota. Alguns negócios já começam a reduzir a quantidade de pessoas que precisam comparecer ao local de trabalho.
É o caso de indústrias tradicionais, que precisam de trabalhadores nas linhas de produção, escolas, faculdades e empresas de eventos e até o setor público, por exemplo.
5. Idealistas
Este é o grupo daqueles que idealizam o home office e acreditam que a pandemia teve pelo menos esse lado positivo – o de viabilizar, mesmo que a força, esse modelo de trabalho a que eles não tinham acesso antes. São aqueles profissionais que espalham memes do tipo “Aquela reunião poderia ter sido um e-mail”.
O relatório do BackToHumans alerta, no entanto, que essa sensação talvez venha de outro aspecto mais profundo, o cansaço. Um estudo do IBOPE Inteligência apontou que 98% dos trabalhadores brasileiros estão cansados, o que dificuldade a participação e até o aproveitamento de uma reunião, não é?
Os novos desafios do home office na quarentena
O levantamento também apontou os principais desafios do home office durante a crise do coronavirus que devem ser enfrentados neste momento. Entre eles está a comunicação, especialmente para funcionários que trabalham em empresas que não têm políticas claras e ficam preocupados em demonstrar o quanto estão trabalhando mesmo em casa.
Outro desafio é limitar as horas de trabalho e não se sobrecarregar ainda mais para tentar “compensar” o fato de estar afastado do escritório. Você está em casa, mas não precisa trabalhar mais do que trabalharia no escritório, ok?
Lidar com o isolamento e, ao mesmo tempo, com o convívio familiar intenso (todos estão em casa, afinal) é outro obstáculo.
Estrutura e segurança de dados também são fatores de preocupação para as empresas no momento.
Benefício do trabalho remoto
Por fim, o home office forçado também traz benefícios que devem ser valorizados. Possibilidade de flexibilizar horários, reduzir (ou eliminar) deslocamentos, ter maior convívio familiar e ajudar a reduzir as emissões de carbono, por exemplo.
Nossa dica é que você tente aproveitar o que o home office tem de bom porque ele é inevitável, pelo menos por enquanto. Quando estiver muito difícil suportar, vale lembrar que #VaiPassar. Estamos juntos nessa.
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