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Protagonismo: é isso que as empresas esperam dos colaboradores

Ter protagonismo na carreira significa se enxergar como autor da sua própria história e evolução profissional, sendo o único responsável pelo seu crescimento.

No mundo corporativo, ser um profissional com protagonismo – ou um profissional protagonista – significa que você assume a responsabilidade pela evolução da sua carreira. Ou seja, você não deixa que seu desenvolvimento profissional dependa apenas da empresa ou do seu chefe. Pelo contrário, você assume responsabilidades, tem comprometimento com as entregas e autoconfiança para tomar decisões. 

Por que estou falando sobre isso? Vou explicar. Recentemente, assisti a palestras de 16 empresas em um congresso sobre educação corporativa e quero compartilhar aqui a convergência do discurso de profissionais de RH em relação ao perfil profissional que eles buscam nos dias de hoje.

Essas empresas têm Universidade Corporativa em formatos um pouco diferentes, mas todas utilizam ensino híbrido, ou seja, mesclam atividades online e presenciais, para diversos treinamentos e cursos de capacitação e aprimoramento em competências técnicas (hard skills) e competências comportamentais (soft skills). Investir no time é uma prática que eleva o nível de atratividade e os resultados do negócio.  Porém, todas são unânimes em afirmar que querem protagonismo. 

Protagonismo na aprendizagem e na construção da carreira

Ou seja, a área de gestão de pessoas quer que cada funcionário seja responsável por seu desenvolvimento, seu autoconhecimento. Ela oferece as ferramentas, o time prepara seu plano de ação e investe tempo em sua evolução pessoal e profissional na seleção da trilha de aprendizagem que escolherá. A empresa estrutura os cursos e treinamentos de acordo com as necessidades, mas o indivíduo é o agente do processo em formato de autosserviço. 

É dada autonomia, só que com gestão de consequências. Aquele que não investir nos conhecimentos críticos do negócio e nos conhecimentos da sua função e pontos a desenvolver individuais, arcará com limitações de crescimento na empresa e até demissão.

Você está preparado para ser protagonista da sua carreira?

Para saber a resposta, proponho esta reflexão:

  • Quanto você está preparado para este cenário de autoaprendizagem? 
  • Você faz autogestão do conhecimento?
  • Ou você ainda é daqueles que acha que a empresa tem de pegar você pela mão e te mostrar o que deve fazer para se manter empregável? 
  • Você avalia o mercado e estuda tendências para saber o que precisa saber hoje e o que precisará aprender amanhã? 

O jogo mudou e já faz algum tempo. Se você está buscando uma nova colocação ou seu primeiro emprego, avalie sua postura, o quanto você se conhece, estuda e investe em seu autodesenvolvimento. Isso pode ser tão importante quanto a faculdade onde estuda ou estudou. 

Aprendizagem nunca acaba

Além disso, a aprendizagem é uma jornada constante. A tecnologia não para de criar novos aprendizados, tornando outros totalmente obsoletos. Surgiu, assim, a expressão Lifelong Learners, que são profissionais que reconhecem a importância e a alegria do crescimento. Por isso, eles nunca param de estudar e adquirir novas competências. Não pense que seus anos de estudo acabaram com a graduação.

Para investir em sua carreira, você necessita uma análise de como está hoje e o que deseja atingir, o resultado é o gap (lacuna de desenvolvimento) entre a realidade e o sonho. Pedir feedback a amigos, familiares, colegas de trabalho e gestores, é uma excelente ferramenta que exige uma boa dose de humildade. Depois da análise concluída, é preciso elaborar o seu plano de desenvolvimento individual que deverá conter ações que vão além de estudo formal. 

A maioria das empresas participantes têm adotado as metodologias:

1) 70 / 20/ 10, a qual atesta que a aquisição de conhecimento se dá da seguinte forma:

70% vêm das experiências vividas

20% vêm de trocas com outras pessoas e

10% apenas de aprendizagem formal

No entanto, de nada adianta executar o seu plano de ação, se você não conseguir transformar conhecimento em performance (desempenho).

Como se desenvolver profissionalmente

Para finalizar, ficam aqui algumas dicas para quem quer seguir como funcionário de uma empresa ou como empreendedor:

  • Só se desenvolve quem treina, quem estuda. 
  • Explore seu potencial. Educação amplia repertórios, permite novas formas de pensar, aprender e agir.
  • Por meio do seu esforço é que você consegue mudar e atingir objetivos. Portanto, foco no resultado e na execução e sucesso!

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Lígia Velozo Crispino, autora do post, é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC e extensões na área de Marketing na ESPM, FGV e Insper. Coautora do Guia de Implantação de Programas de Idiomas em empresas e autora do livro de poemas Fora da Linha. Mobilizadora cultural à frente do Sarau Conversar na Livraria Martins Fontes.