Para os próximos meses de 2019, a tendência é de que os salários fiquem estáveis e que o mercado de trabalho faça apenas movimentos bem pensados. Quem aponta é André Ferragut, gerente sênior de recrutamento da Hays, com base nas reduções das previsões para taxa de juros, PIB e inflação feitas por especialistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central em agosto.
“Com a redução da previsão da taxa de juros, há uma tendência inicial de estabilidade dos salários para os próximos meses”, diz ele. “Caso a previsão se concretize, teríamos uma expansão do poder de consumo da população e estímulo econômico indireto de alavancagem dos segmentos diretamente ligados a bens de consumo, como o varejo e indústrias de bens de consumo não-duráveis inicialmente”, afirma.
Outra consequência poderia ser o maior estímulo ao financiamento de bens, com uma tendência de alavancagem das indústrias automotivas e ligadas ao desenvolvimento imobiliário. “As reduções da inflação e PIB possuem impacto semelhante e indireto nos salários, também apresentando tendência de estabilidade”, afirma Ferragut.
Poucas movimentações no mercado de trabalho
Com a redução da previsão do PIB para o final de 2019, Ferragut também acredita que o mercado de trabalho deva reagir com cautela. Quem está empregado deve ser cuidadoso ao avaliar uma transição neste momento, ainda que exista uma leve tendência de aumento da remuneração pretendida para uma movimentação.
Para os profissionais que estão desempregados, ele acredita que a redução da previsão do PIB tenha impacto contrário, com as notícias de curto prazo sobre o cenário econômico fazendo com que eles estejam mais flexíveis a negociar.
De qualquer forma, o especialista afirma que este é um momento de cautela e foco no planejamento financeiro para evitar que a expansão do poder de consumo tenha consequências não antecipadas do endividamento dos profissionais.
Cadastre seu currículo no VAGAS.com.br e aproveite inúmeras oportunidades de emprego.