Buscar uma nova oportunidade no mundo profissional é sempre um desafio, e a porta de entrada para o emprego dos sonhos é, sem dúvida, o seu currículo.
No entanto, alguns erros comuns podem comprometer as suas chances de conseguir uma boa entrevista. Nesta hora, você precisa saber o que não colocar no currículo de jeito algum para não estragar suas chances.
Continue a leitura e descubra os principais deslizes que se deve evitar para criar uma apresentação profissional mais objetiva e atrativa para recrutadores. Confira!
Neste artigo você verá:
O que não colocar no currículo
Veja nossas dicas para melhorar a sua apresentação e aprenda com os erros mais comuns, apontados por recrutadores e empresas.
Informações pessoais em excesso
Evite sobrecarregar o documento com informações pessoais desnecessárias, como estado civil, quantidade de filhos, endereço completo ou número de documentos, como RG ou CPF. Além de ser irrelevante, pode te deixar vulnerável a questões de segurança e fraudes.
O mais importante são as experiências e habilidades importantes para a vaga. Nas informações pessoais, foque no nome completo e informações de contato, como telefone com WhatsApp e e-mail.
Erros gramaticais e ortográficos
A língua portuguesa é um dos primeiros filtros. Erros gramaticais e ortográficos podem ser fatais e eliminar suas chances logo no início do processo seletivo.
Por isso, escreva corretamente, leia atentamente, revise ou peça a alguém para revisar.
Lista de experiências profissionais longa demais
O tamanho importa bastante. Mesmo que você tenha uma longa lista em seu histórico profissional, não precisa descrever todos os seus empregos.
É melhor focar nas experiências relacionadas ao seu objetivo profissional, e também nas mais recentes.
Habilidades irrelevantes para a carreira
Assim como nas experiências profissionais, ao falar de suas habilidades, foque nas que fazem sentido para o objetivo profissional atual. Cursos ou competências que você tem, mas não irá utilizar na posição desejada, podem ficar de fora da lista nesse momento.
Isso também vale para habilidades comportamentais. Caso queira citar soft skills, fuja do óbvio e superficial.
Objetivo profissional genérico
Um objetivo genérico como “buscando uma oportunidade desafiadora em uma empresa renomada” não agrega valor. Utilizar um termo muito amplo como “atuar na área de vendas” também pode não te ajudar.
Personalize seu objetivo de acordo com a vaga desejada, demonstrando seu alinhamento com os objetivos da empresa. Se seu interesse é em vendas, especifique o nível profissional que você busca, como “executivo de contas” ou “assistente de vendas”.
Querer inovar demais no layout
A menos que você seja de uma área criativa, o layout do currículo deve ser limpo e objetivo. Gráficos ou infográficos elaborados e excesso de elementos visuais podem distrair os recrutadores e dificultar a leitura do conteúdo.
Opte por um layout limpo e use subtítulos para destacar as seções importantes. O formato mais comum para as experiências profissionais e educação é o cronológico reverso, onde você primeiro lista suas experiências mais recentes e segue para as anteriores.
Foto e outras informações muito pessoais
Já foi “moda” incluir foto no arquivo. Porém, hoje em dia não é recomendado na maioria dos países. Grande parte das empresas prefere currículos sem foto, assim diminuem os riscos de uma seleção injusta com base na aparência, e não nas competências.
Mas, caso seja solicitada uma foto, tenha certeza de que ela é extremamente profissional.
Informações não atualizadas
Manter as informações atualizadas é crucial, o currículo precisa refletir suas experiências mais recentes e relevantes para o momento atual da sua carreira. Isso irá aumentar as possibilidades de ele ser encontrado e visualizado pelo recrutador.
Falta de foco na educação e qualificação
Um erro comum é listar sua educação de forma aleatória e genérica. Você pode personalizar essa seção, direcionando para a vaga de seu interesse.
Aproveite para mostrar cursos relevantes e realizações acadêmicas específicas que agreguem valor à posição. Aqui, vale destacar trabalhos e cursos livres que possam contribuir para sua qualificação para a vaga desejada.
Não mencionar o desejo de mudança de carreira
Se você está querendo mudar de carreira, é extremamente importante apontar isso. Talvez seu histórico educacional ou experiência profissional não sejam na área para a qual você está se candidatando, e isso pode fazer com que você seja rejeitado automaticamente.
Porém, se seu desejo é atuar em outra área, você pode explicar, resumidamente, em seu objetivo profissional. Pode ser que você sempre tenha atuado na área administrativa, mas queira migrar para a área de marketing, por exemplo. Para isso, destaque as habilidades profissionais que te qualifiquem para essa posição.
Falar de responsabilidades e não de realizações
Ao listar suas experiências profissionais, tente falar de realizações naquele trabalho, e não só das suas funções e responsabilidades. Apenas colocar tarefas não expressam o quanto você era bom no que fazia. É muito mais interessante para o recrutador saber que você superou as expectativas e ajudou a atingir resultados expressivos.
Os recrutadores preferem apresentações que incluam conquistas mensuráveis, citando, por exemplo, percentuais de aumento de vendas e como você conseguiu essa conquista. Ou projetos concluídos antes do prazo, o que demonstra que você é excelente em organização, planejamento e superar metas.
Citar pretensão salarial no currículo
A menos que seja solicitado na descrição da vaga, não é recomendado citar sua pretensão salarial. Isso pode fazer com que você elimine suas chances de concorrer a uma vaga interessante simplesmente porque o salário está fora do que você espera.
Recomendamos que você aguarde o momento da entrevista para negociar de maneira mais assertiva, aumentando suas chances de garantir uma remuneração.
Listar referências pessoais no currículo
Incluir referências foi, por muito tempo, uma prática padrão. Atualmente, elas ocupam espaço que poderia ser utilizado para impressionar os recrutadores com informações mais relevantes, como destacar suas habilidades, experiências e realizações. Deixe-as para quando for solicitado (caso seja).
Ignorar palavras-chave importantes
Muitos recrutadores usam sistemas automáticos de rastreamento de candidatos. Certifique-se de incluir palavras-chave relevantes para a vaga, pois isso aumenta suas chances de ser selecionado.
Mentir no currículo
Não use mentiras no seu currículo. Parece óbvio, não é? Mas a prática é mais comum do que deveria.
Aumentar o nível de conhecimento de um idioma ou inventar uma graduação, ou experiência profissional que nunca existiu pode parecer tentador para valorizar o seu perfil, mas você pode acabar com suas chances e ainda ficar queimado no mercado.
Resumir demais sua experiência
Esse é um erro bem comum, principalmente quando o profissional se preocupa demais em concentrar as informações todas em uma folha. Isso é um padrão de currículo americano, e não necessariamente bem visto por aqui.
Omitir informações
Qualquer coisa que não faça muito sentido nas informações pode gerar desconfiança no recrutador.
Por exemplo, se você tentar omitir uma experiência de trabalho negativa, sobre a qual prefere não falar, ou se quiser disfarçar um longo período em que ficou desempregado, é possível que o tiro saia pela culatra e o foco da entrevista acabe se tornando exatamente o oposto do que você estava pretendendo. A dica, então, é deixar tudo esclarecido.
Mentir seu cargo
Mais um erro comum: colocar no um cargo acima do que você exerceu de fato em uma empresa. Pode ser tentador, mas não é correto, né? Por exemplo, se você ficou só três meses como gerente, precisa explicar o período de cada cargo adequadamente.
Desprezar sua formação
Não vale dizer apenas “formado em 2015”, sem esclarecer o curso que você fez e a instituição em que estudou. E não vale incluir cursos livres, por exemplo, no item “formação acadêmica”. Um curso de um dia pode ser muito relevante para o seu currículo, mas tem de ser relatado no tópico certo, de ‘cursos e outras atividades’, por exemplo.
Por que essas informações atrapalham?
Evitar estes erros é fundamental, afinal os recrutadores lidam com centenas de candidaturas e precisam identificar rapidamente quem tem o perfil ideal para a vaga.
Quando o currículo contém informações irrelevantes, exageradas ou até inadequadas, ele transmite uma imagem de falta de foco ou de profissionalismo. Além disso, dados em excesso podem dificultar a leitura e fazer com que as informações realmente importantes passem despercebidas.
O que colocar no lugar: como destacar o essencial
Agora que você já sabe o que não colocar no currículo, é hora de entender como valorizar o que realmente faz a diferença. Substituir conteúdos irrelevantes por dados estratégicos pode transformar o documento em uma verdadeira vitrine profissional — clara, objetiva e impactante.
O primeiro passo é focar nas experiências mais relevantes, aquelas que têm relação direta com a vaga pretendida. Não se trata de listar tudo o que já fez, mas de destacar o que mais agrega valor à sua candidatura.
Sempre que possível, complemente com resultados concretos. Por exemplo: mostrar que você aumentou as vendas em determinado percentual, liderou um projeto que reduziu custos ou implementou uma solução que otimizou processos demonstra competência de forma prática e mensurável.
Além disso, dê destaque para habilidades técnicas e comportamentais que realmente importam para a função. Domínio de ferramentas, fluência em idiomas, certificações e metodologias aplicadas no dia a dia são muito mais relevantes do que características vagas como “dinamismo” ou “boa comunicação”. O recrutador quer saber como você usa essas qualidades para gerar valor.
Outro ponto-chave é investir em um resumo profissional estratégico. Esqueça frases genéricas como “busco uma oportunidade para crescer profissionalmente”. Em vez disso, escreva um pequeno parágrafo que apresente quem você é, sua experiência principal, áreas de especialidade e diferenciais. Isso ajuda a criar uma narrativa forte desde o início e prende a atenção logo nos primeiros segundos.
Por fim, lembre-se: um bom currículo é direto, limpo e bem organizado. Use espaços em branco para facilitar a leitura, aplique negritos com parcimônia para destacar o essencial e escolha uma fonte profissional. Ao optar por um layout enxuto e informações relevantes, você mostra que respeita o tempo do recrutador — e isso, por si só, já é um diferencial competitivo.
Erros de formatação e estilo que também devem ser evitados
Além do conteúdo, a forma como o currículo é apresentado impacta diretamente na percepção do recrutador. Mesmo com boas experiências, um documento mal formatado pode passar a impressão de desorganização, falta de cuidado e até despreparo.
Por isso, evitar erros de formatação e estilo é tão importante quanto escolher bem as informações.
Um erro clássico é o uso de fontes extravagantes ou difíceis de ler. Prefira sempre fontes simples e profissionais, como Arial, Calibri ou Helvetica, em tamanho entre 10 e 12. O objetivo é garantir que o recrutador consiga ler tudo com clareza, inclusive em dispositivos móveis ou impressões.
Outra falha comum está na falta de padronização. Alternar entre estilos diferentes de negrito, itálico e sublinhado ao longo do arquivo confunde visualmente e prejudica a hierarquia das informações.
ideal é manter um padrão visual coeso, usando o negrito apenas para cargos, empresas ou títulos de seção.
O uso excessivo de cores e elementos gráficos também deve ser evitado, especialmente se o currículo for impresso ou analisado em sistemas automatizados (ATS). Cores vibrantes, gráficos decorativos ou ícones desnecessários podem distrair e tirar o foco do conteúdo principal. Um toque sutil de cor pode ser bem-vindo para dar personalidade, mas com equilíbrio e discrição.
Arquivos com blocos de texto muito longos também são prejudiciais. Em vez de parágrafos extensos, opte por tópicos curtos e objetivos. Use bullet points para destacar responsabilidades e conquistas, facilitando a leitura escaneável que os recrutadores costumam fazer.
Outro ponto que passa despercebido por muitos é o excesso de informações em arquivos desatualizados ou mal salvos. Enviar em formato Word, por exemplo, pode desconfigurar o layout dependendo da máquina de quem o abrir. Prefira sempre o formato PDF, que mantém a formatação intacta e transmite mais profissionalismo.
Como vimos, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, saber o que não colocar no currículo pode ser a chave para conquistar a tão desejada vaga de emprego. Lembre-se que ele é seu cartão de visita, e investir tempo e esforço na elaboração pode fazer toda a diferença na sua carreira profissional.
Conte com as dicas do nosso blog para elaborar um currículo vencedor e boa sorte! Você pode criar ou atualizar o seu no Vagas.com e começar a buscar uma nova vaga agora mesmo.