A denominação de nível de cargo – júnior, pleno ou sênior – sempre gera divergências no mercado de trabalho. De fato, existem muitos critérios para definir experiências e habilidades profissionais. E essa definição não é tão simples e nem se limita a anos de atuação, idade ou cursos de pós-graduação.
Então, como saber em que nível você está? A resposta passa pela análise de alguns critérios, que ajudarão a definir as suas responsabilidades. Esse conhecimento também permitirá o encontro da vaga certa, ou seja, do melhor cargo possível para as suas competências e aptidões atuais.
Assim, você poderá progredir na carreira sem pular etapas e passar por todo esse processo de maneira consistente. Veja todos os detalhes neste post e confira mais informações sobre os cargos júnior, pleno e sênior.
Neste artigo você verá:
O que significa ser júnior?
O profissional júnior é aquele que está em começo de carreira. Normalmente, tem até 2 anos de experiência na área, mas há pessoas que ficam 5 anos ou mais nessa posição. De toda forma, este nível contempla os cargos com complexidade menor de tarefas, sem tantas exigências de competências profissionais.
Portanto, essa etapa abrange a execução de tarefas sob supervisão e aprendizado contínuo, normalmente sem autonomia para decisões. As habilidades esperadas são conhecimento básico na área e capacidade de seguir as instruções repassadas pela liderança.
É aqui que começa a carreira de um profissional em determinada área. Assim, a faixa salarial média vai de R$ 2 mil a R$ 4 mil, a depender da área e da região.
Vale a pena destacar que toda essa classificação não é automática e nem exata. Há profissionais que passam mais de dez anos no nível júnior ou que passam para o nível pleno muito rapidamente.
O que significa ser pleno?
No nível pleno normalmente estão profissionais que têm entre 2 e 5 anos de experiência. Aqui, existe uma maior complexidade de tarefas e o profissional precisa ter mais maturidade e capacidade de tomar de decisões, o que raramente é exigido no nível júnior.
Para ser pleno, é preciso executar as tarefas com autonomia, ter condições de supervisionar juniores e contribuir em projetos. Por isso, espera-se que a pessoa tenha um conhecimento aprofundado da área e seja capaz de tomar decisões sem auxílio da gestão ou da liderança.
A faixa salarial média varia de R$ 4 mil a R$ 7 mil, mas também varia conforme a área e a região. Por isso, é importante verificar os valores vigentes para o local em que você mora.
O que significa ser sênior?
No nível sênior, o profissional tem mais de 5 anos de experiência e se depara com uma ampla complexidade de tarefas. É esperado ter maturidade profissional e emocional, poder de decisão e capacidade para assumir funções de liderança.
Apesar dessa classificação de tempo, uma pessoa com mais de 15 anos de experiência pode ser pleno ou, até mesmo, júnior, se não atender aos outros requisitos. Entre esses critérios estão liderança de projetos, tomada de decisão estratégica e mentoria de equipes.
Além disso, as habilidades esperadas são expertise na área, visão estratégica e habilidades de liderança. Para quem ocupa esse cargo, a faixa salarial média vai de R$ 7 mil a R$ 12 mil, podendo ser até mais alta, dependendo da área e da região.
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Qual a ordem de JR, pleno e sênior?
O primeiro passo é ser júnior (um nível de entrada), depois pleno e, então, sênior. Isso porque JR é quem está em início de carreira e tem habilidades, competências e aptidões iniciais. Pleno já tem certa autonomia, mas é o sênior que se torna capaz de agir plenamente.
Assim, é normal haver confusão entre os dois níveis superiores. De modo geral, o primeiro tem uma experiência e habilidades intermediárias, enquanto o segundo tem conhecimentos e aptidões aprofundados. Esses são os requisitos para ser pleno ou sênior.
Portanto, enquanto o JR tem pouca responsabilidade, o pleno executa atividades mais complexas e sem supervisão constante. Já o sênior tem liderança técnica, resolve problemas complexos e desenvolve estratégias para os colaboradores.
Quem vem primeiro, júnior ou sênior?
O primeiro passo é ser júnior, porque esse é o primeiro nível em que você pode ingressar. Em seguida, você pode se tornar pleno e, então, sênior. Afinal, esse último exige conhecimentos mais aprofundados e uma possibilidade de autonomia maior.
Qual a diferença entre júnior, pleno e sênior?
Júnior é o nível hierárquico mais baixo de um cargo em uma empresa. O nível pleno é um acima, e indica um pouco mais de experiência e conhecimento do profissional naquele cargo. Sênior é o nível de maior especialização e expertise antes de subir para cargos de coordenação.
Fátima Motta, professora de Gestão de Pessoas da ESPM e sócia-diretora da FM Consultores, explica que o nível de cada profissional é determinado pelas empresas e pode variar de uma organização para outra.
Ela destaca que essas definições não são regra e as denominações podem englobar um conjunto de coisas específicas de cargos, áreas e empresas. “O ponto fundamental é fazer uma mescla entre complexidade de tarefas e maturidade profissional”, afirma. Entenda a seguir como as empresas tendem a organizar a carreira dos colaboradores.
Da mesma forma que os cargos se confundem e podem variar entre uma empresa e outra, a questão salarial também é diversificada. Não existe uma conta exata para definir a diferença de remuneração entre os níveis.
Fátima explica que, entre as três posições de cargos, a única regra é que os salários de júnior, pleno e sênior seguem uma escala crescente. O júnior ganha menos que o pleno, que ganha menos que o sênior.
“Como disse, quanto maior for o cargo, maiores são as complexidades das tarefas, a autonomia, a habilidade para posições de liderança e, consequentemente, a remuneração”, analisa.
Como saber se você é júnior, pleno ou sênior?
Para saber se você é júnior, pleno ou sênior, avalie o seu nível de domínio técnico, autonomia e capacidade de gerenciamento. Assim, é importante refletir sobre sua experiência, responsabilidades e habilidades, além de ser honesto ao determinar seu nível.
De toda forma, até no mercado de trabalho essa caracterização não é uma questão fechada. Então, como saber onde você se enquadra na hora de elaborar um currículo ou participar de uma entrevista?
Para começar, não existe fórmula mágica. Se seu cargo atual ou o último ocupado era definido como “analista pleno”, você encontrou um bom indício sobre a sua classificação. Do contrário, encontrar a definição certa pode ser bem complicado.
O nível júnior é o que costuma causar menor dúvidas. Normalmente esse profissional é recém-formado ou tem poucos anos de experiência de mercado. Como afirma Fátima, a indecisão, muitas vezes, aparece entre as denominações de pleno e sênior.
Seja como for, a sua dica é deixar essa definição por conta da própria empresa empregadora. Isso significa que não é fundamental que ela apareça em seu currículo, principalmente quando você não tem certeza sobre o termo correto. “Você pode mencionar seu conhecimento amplo de tarefas, espírito de liderança e capacidade de tomada de decisões ao longo de uma entrevista, por exemplo”, sugere.
Ela faz uma ressalva, no entanto. “O único risco de elaborar um currículo sem as distinções júnior, pleno ou sênior é a possibilidade de ficar de fora de uma seleção de candidatos em que a busca seja feita por palavra-chave”, destaca.
Vale observar que se você incluir a classificação errada também corre o risco de não ser encontrado pelo sistema que faz a pré-seleção de currículos, ok?
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Como progredir de júnior para pleno e de pleno para sênior?
Algumas dicas ajudam na evolução de carreira: júnior a sênior. Porém, é preciso passar por todas as etapas. Veja como conquistar esse objetivo:
- Busque por aprendizado contínuo: estude de maneira contínua, pesquise novos conhecimentos e vá além do escopo do seu trabalho atual;
- Solicite feedbacks: obtenha informações sobre o seu desempenho e seus pontos de melhoria. Essa é uma forma de demonstrar interesse em melhorar e apresentar seu nível de comprometimento;
- Desenvolva habilidades de liderança: procure ter uma postura mais proativa, que assuma responsabilidades e se engaje em projetos mais complexos. Também melhore a sua comunicação e as suas soft skills, isto é, competências comportamentais;
- Estabeleça metas de carreira: defina objetivos a perseguir e adote uma visão ampla, que abranja o todo, em vez de apenas partes isoladas. Saiba o que pretende conquistar e arrisque-se para alcançar os seus propósitos, mas mantenha os pés no chão;
- Busque oportunidades de crescimento: entenda a empresa em que trabalha e verifique se há espaço para assumir responsabilidades júnior, pleno e sênior. Saiba se existe um plano de desenvolvimento e as etapas necessárias para progredir.
Bônus: o que é nível master?
Além de júnior, pleno e sênior, há ainda o nível master. Em geral, esse profissional tem mais de 15 anos de experiência na área e alguma pós-graduação. Essa pessoa experiente normalmente já ocupou algum cargo de gestão e possui certificações em sua área.
Geralmente, esse é um profissional com autonomia plena para atuar, independentemente de supervisão, e costuma gerenciar projetos ou área de negócios. Portanto, é uma etapa superior a júnior, pleno ou sênior.
De toda forma, é preciso ter as habilidades esperadas por nível para conseguir a progressão profissional júnior, pleno e sênior. Ao conquistá-las, você tem a chance de se destacar na área e levar sua carreira para um novo nível.
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